Que país é este



“No Amazonas, no Araguaya...”. Querem nos mostrar que está tudo em paz, mas a nossa juventude não tem mais o sorriso no rosto que deveriam ter. Vivenciei uma geração diferente a essa que a nossa juventude vive, vivi a “geração coca-cola”, uma geração que estava vivenciando uma ruptura do sistema de governo, este aprendendo a ser democrático. E hoje qual a geração que a juventude vivencia? Com certeza é a geração das CPIs, apagões e epidemias, esta última vinda dos insetos de Brasília.
Tive a oportunidade de assistir um filme que conta à história de verdadeiros heróis que não se encontram nos livros de história nas escolas. O filme “Araguaya – A conspiração do silêncio”, este conta à história da guerrilha de jovens que vão para matas amazônicas, onde se vêem obrigados a pegarem em armas, para defender a liberdade, a democracia, a soberania do povo brasileiro. Deram muito trabalho para o nosso exército que tanto defendeu o país nos anos de chumbo na qual se viveu com o regime militar, mas no final foram dizimados do mapa por este, onde até hoje seus corpos continuam desaparecidos.
A história destes verdadeiros heróis do povo brasileiro foi escondida como seus corpos estão, eles não eram soldados, não tinham, nenhuma perícia em armas, mas mesmo assim lutaram contra um regime que foi imposto, lutando contra todo este sistema maléfico de exploração ao povo. E hoje, o que verdadeiramente fizemos, além de ficarmos indignados sentados diante do aparelho de televisão, diante de tanta corrupção, descaso e desrespeito ao povo, que trabalha dá tudo de si para sustentar sua família e sofre com os altos imposto, que são patrocínio para os insetos se proliferem.
Não podemos esquecer que “... nos deram espelhos e vimos um mundo doente...”, que somos explorados desde os tempos de colonização e, continuamos calados. O que podemos fazer? Estamos em ano pré – eleitoral, daqui em frente teremos tempos de milagres eleitorais, tudo que foi prometido e ainda não cumprido se realizará agora, terão verbas para o transporte de estudantes, verbas para a habitação, criação de novos empregos e o diabo a quatro. O porque que só aparece verbas em ano pré – eleitoral? Estranho não acha? E o que fizemos? Nada, completamente nada, acreditamos em tudo e após tem que descer tudo a “guela - a - baixo” e agüentar por mais um mandato.
Estamos condenados a viver fadados a ser explorados, destinados a ser tratado como meros eleitores que significa a eles “ignorantes”, onde o voto tem preço e não existe posição que não possa ser comprada. Vivemos tempos de quatro ruas em torno de umbigos de alguns, onde pensar no povo já virou demodê. Ainda falam que somos um povo que tem memória curta, me indago, não aceito esta afirmação, e sim esta, “somos um povo sem memória”, as eleições estão aí e, iremos nos vender nossos votos por assistencialismos, e com certeza teremos nas urnas as piores escolhas e após iremos choram por quatro anos em cima do leite derramado, e os porcos proliferadores de epidemias, continuarão no poder. “Nas favelas no Senado, sujeira para todo o lado, ninguém respeita a constituição, mas todos acreditam no futuro da nação. Que país é este...”.
Mas que saudades da guerrilha do Araguaya...