Destino, sempre me questionei sobre este; será que há um? Diante das fatalidades, vêm alguns com aquela frase “é (ou era) seu destino...”, ou ainda algo parecido, “Deus quis assim”. Isso me soa algo supersticioso, mitológico.Nunca concordei com a desculpa do destino, que era ele que dava as rédeas do rumo das coisas, ou que fosse um determinado Deus quisesse que, fossemos joguete deste. Primeiramente vem em mente o filosofo Santo Agostinho (354-430 d.C.) e a doutrina teológica dele o ‘livre arbítrio’, onde segundo este, o homem é livre para escolher suas ações. Segundo este filósofo que acabou sendo canonizado, Deus não dá as rédeas, e sim transfere esta responsabilidade para os homens, e após este Deus o julgará estas ações humanas.
Sobre o destino, ponho a mesma teoria de Santo Agostinho, o homem é livre para escolher suas ações. Se não for assim, por determinação do destino, somos escravos da própria natureza. Não somos livres para escolher, o destino nos reserva tudo. Não temos poder de escolha.
Quando há algo que ocorre de estranho na sua vida, sempre escutamos alguém comentar, “foi obra do destino”, quando conhece alguém, onde ocorre uma química de relacionamento, escutamos outra frase, “coisa do destino”. Ou ainda isso, quando alguém falece, sempre vem aquela frase de consolo, “foi Deus que quis assim”.
Todos concordam que um assassino é criminoso, certo! Agora acompanha este raciocínio: se um indivíduo tira a vida de outro, ele não pode ser considerado um assassino. Pois se a morte daquele indivíduo for, destino dele morrer daquela forma ou se, Deus quis assim, o assassino não seria criminoso, pois sim um instrumento do destino ou de Deus, pois eles traçam a sua finalidade, a sua vida. Ele não é um pecador ou criminoso perante as leis, se fossemos manipulados por algo metafísico.
Na natureza existe uma lei que possa explicar o como a natureza rege. “em toda ação há uma reação”. É assim que a vida se evolui e continua evoluindo, isso também pode ser chamado de dialética, que correspondem a três dados: tese (ação) versus antítese (reação) que resultaria em uma síntese (que nada mais é que uma ação resultante), e assim por diante. Assim que muitos filósofos e historiadores vêem a historia e a evolução da natureza.
Assim que a natureza rege seu domínio sobre o Universo, e não um destino ou um certo Deus que manipula a natureza. Então podemos começar a absolver todos os criminosos, pois foram instrumentos da obra do destino ou de um determinado ser mitológico. Seria uma boa desculpa para resolver o problema carcerário no país.
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