Sapiens


Assim é a sapiência
Como para a ciência
Um termo discutível e reversível
Que não descansa
A alma embebedada do conhecer.
Tristes as almas adormecidas
Que a sapiência não envolveu,
Fica assim a escuridão a alma
Sem a luz que pode mostrar caminhos,
Verdades
Que estão juntas adormecidas
Com a alma despedaçada.
Sapiência igual à ciência
Não deixa adormecida a alma,
Nunca esquece o que conhece
Conhece o faz refletir na alma
O que nela adormece
As tristes horas do acaso.
Sábia é a paciência
Que sabe esperar a hora certa
Para despertar
Uma alma adormecida
Empobrecida
Com as horas vagas delirar.
Chove palavras, matemáticas,
Teorias, gritos
E até o amar,
Pulsa o pulsar
O sangue aquece
A alma desperta
Pronto a libertar,
Os grilhões alienados
Das canções que não sabem rimar.
No amanhecer do conhecimento
O lógico é o acordar
A alma a trabalhar
Pulsando o racionalizar.
Questiono, julgo
Vibro
Com questões a perguntar
Buscando os caminhos
Descobrindo estes,
Para não adormecer o olhar.
Vibro com cada questão
Alegro-me com cada pesquisar,
A alma enobrece
Sapiente e confiar.
Segredos, respostas,
Caminhos em voltas
O torto se faz endireitar.
A sapiência, que faz a alma delirar...