(In)esquecíveis sensações de Natal



Já é natal novamente (para meu espanto), o estranho é que, quando mais envelheço, tenho a sensação que o ano passa mais rápido, você não concorda? Mais um período de natal está diante de mim (quando publicar estará no final) e fico resgatando na memória as sensações que o natal me passou por todos estes anos (nossa, escrevendo assim pareço um velho). Parece que o espírito do natal do passado está presente em minha consciência.
Fico lembrando das fragrâncias, paladares, magias de uma época que não volta atrás. Do cheiro da preparação de bolachas pintadas caseiramente, do cheiro do pinheiro verde (não façam mais isso a guarda florestal te pegará), do cheiro da barba de pau enfeitando o presépio. Paladares dos doces, bolachas, balas e etc. Me lembro de esperar (e acreditar) em Papai Noel, trazendo os pacotinhos, contendo balas, waffer, mandolatos e pão de mel na forma do bom velhinho. Lembro-me que, quem comprava os presentes era o era o Senhor Noel, para quem se comportava direitinho durante o ano (segundo minha amada mãe), mas sendo um bom menino ou não, com notas azuis ou vermelhas no boletim (bom, como bom colorado sempre preferi as vermelhas né, só que meus pais nunca entendiam isso), ele sempre me presenteava, deixando estes abaixo do pinheiro após a missa da noite da véspera de natal.
Dizem que, quando ficamos lembrando de coisas e sensações do passado e comparar com os dias atuais é sinal de que estamos ficamos velhos (não é meu caso, só passei algumas três décadas). Mas venho escrever este, pois não vejo estas sensações natalinas nestes tempos atuais.
São poucas as crianças que escrevem cartas ao Papai Noel, pedindo seus presentes. Para meu espanto muitas delas nem acreditam na existência do bom velhinho. Surpreendi-me um dia desses (semana passada, se não me falha a memória – falta de memória é coisa de velho hehehe), uma criança de mais ou menos 6 anos de idade, pedir diretamente a seus pais o seu presente de natal, as palavras eram mais ou menos assim: “... pai! Quero que você compre este, como meu presente de natal.” Cadê a magia do natal, acreditar no bom velhinho trazendo os presentes, aquela expectativa de ganhar o presente e se surpreender com ele? Cadê os enfeites de natal? (ah, ficaram como decoração dos shoppings) cadê os aromas e paladares desta época do ano? Cadê?
Minha infância era simples, não ganhava grandes presentes, às vezes eram simplesmente uns pacotinhos, mas possuía magia e encanto. hoje sinto saudades daquele período de minha vida, época que o natal tinha magia, fragrâncias, aromas e pacotinhos com Papai Noel de pão de mel.

Desejo a todos um Feliz Natal...