“O que? Filosofia e super-heróis?
Que coisa é essa? Tirou isso de onde?”, pois é muitos até ridicularizavam,
apoio só na família (e olhe lá).
Recebi muitos ‘nãos’
em minha vida, acho que foi a palavra que mais escutei em 33 anos; porém quando
recebia o ‘sim’, fazia dessa oportunidade a única em minha vida, de uma abertura
pequena fazia ser um aporta de uma garagem e assim foi minha vida. Sempre
esbarrando em ‘nãos’, mas continuando na teimosia de conseguir, já não era mais
perseverança, nem teimosia, era quase algo doentio, mostrar que posso, basta me
dar um ‘sim’.
Nunca tive uma
vida fácil, pelo contrário, ainda hoje parece que tudo conspira contra mim. Cortava
grama nos vizinhos para poder ter uma graninha, comprar escondido um gibi (pois
muitos naquela época diziam que isso fazia mal para a cabeça (hipocrisia), ironia
do destino, foram os gibis que me alfabetizaram para a leitura, onde adquiri o
hábito por esta, porém não posso esquecer-me de pessoas
de suma importância ao meu lado desde a infância me incentivando a ler e a
escrever, queridas professoras que acreditaram em mim e em um potencial que
ninguém via nem mesmo eu.
O tempo foi passando, e depois de um tempo sem valorizar a
educação resolvi dar a volta por cima, tomar rumo, correr atrás do atrasado. Cheguei
a uma universidade, conheci o mundo, fui buscar qualificação em minha área e
hoje sou um professor, pois é muitos ex-professore se ex-colegas, sempre me
indagavam “quem te viu quem te vê”. Então, muitos desses, eu sei, pensavam que
iria ser um delinqüente, pelas minhas atitudes juvenis, é virei à mesa, mas
quem disse que mudaram o pensamento. Talvez não o mesmo significado, mas a não
crença continuava, e por que não dizer ainda continua. Mas sou aquele alemão
teimoso, corro atrás de meus sonhos, independente do que você pensa de mim.
Pois é, hoje além de ser professor, sou escritor. Fazendo
tudo o que eu queria pesquisar, aliviar minhas curiosidades e me divertir. Pois
é, quadrinhos e filosofia é uma ótima combinação, e não só por minhas experiências,
mas de muitos que acreditaram na proposta, e colocaram em prática o que defendi.
Se eu não acreditasse em mim, não adiantaria outros
acreditassem (porém agradeço a estes poucos que insistiram nesta crença), não
foi só teimosia, só perseverança, nem doença, e nem provar para os outros que
eles estavam errados. Era provar para mim mesmo, que eu podia, podia sonhar,
podia me divertir, brincar com o conhecimento. Agora estou aqui, sendo
homenageado, vendo inúmeras crianças e jovens falando que são meus fãs, sim com
isso corre várias lágrimas.
Quem sou eu, ninguém se não deixar algo para este mundo, este
que sempre conspirou contra mim. Não quero ser prepotente, mas quero deixar
algo sim para este mundo, quero mostrar que o sonho, a utopia, o desejo são as
mão que te empurram para frente, para a conquista. Não deixem outros falarem o que
deves fazer, siga seu coração e mente. E busque o que podes conquistar.