A METADE DE NÓS, VENCEDOR DO PRÊMIO DO PÚBLICO NA 47a MOSTRA DE SÃO PAULO, ESTREIA NOS CINEMAS EM 30 DE MAIO
Longa propõe um olhar para a vida após a perda de um filho. Confira o cartaz recém divulgado. |
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“A Metade de Nós”, de Flavio Botelho, já tem data de estreia. O longa, produzido pela Gullane, em coprodução com a Trailer Filmes, Clementina e produção associada do Canal Brasil, tem investimento da Spcine e do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e ganhou o Prêmio do Público como melhor filme de ficção brasileiro na 47a Mostra internacional de Cinema de São Paulo. Com distribuição da Pandora Filmes, a obra chega aos cinemas no dia 30 de maio. Em A METADE DE NÓS, Francisca e Carlos perdem o único filho por suicídio. Enquanto a mãe, assombrada pela culpa, se dedica a desvendar o enigma do suicídio, o pai se aliena na vida do filho morto e se muda para a casa dele. O projeto, inspirado numa experiência pessoal do diretor, começou a tomar forma em dezembro de 2014, com o argumento inicial. Depois disso, Flavio Botelho e o outro roteirista, Bruno H Castro, contaram com a colaboração de Daniela Capelato e dos consultores de roteiro Miguel Machalski e Gualberto Ferrari, até chegarem ao oitavo tratamento do texto, ponto no qual começou a ser filmado. “A minha irmã se suicidou em 2007 e quis falar sobre isso, sobre como lidei com essa perda e sobre quão doloroso foi esse processo. Decidi falar por meio de um casal sexagenário, uma mãe e um pai que representam tantos outros, inclusive os meus, nessa longa caminhada do luto”, conta Botelho. “O tema suicídio precisa ser falado. É uma das principais causas de morte entre os jovens no Brasil. Fizemos uma pesquisa extensa sobre o tema, para mergulhar no universo dos protagonistas”, completa. Antes do início das filmagens, o ensaio com os atores durou três meses para a construção dos personagens. “Todo esse ensaio, inédito pra mim no cinema, faz uma diferença enorme, chegamos no set de outra forma. A intimidade que se formou entre nós três e a bagagem que trouxemos refletem nas filmagens”, comenta a atriz Denise Weinberg, que vive Francisca. Para o ator Cacá Amaral, que interpreta Carlos, “com esse processo de trabalho que realizamos, com os meses de ensaio, tudo fica mais rico, pois são personagens que foram criados em conjunto”. “A sensação de chegar no primeiro dia de filmagem com um elenco super afinado, uma equipe extraordinária e um plano de filmagem preciso nos trouxe uma segurança e um sentimento de colaboração maravilhoso. Estamos todos juntos contando essa história”, explica o diretor. O longa já ganhou alguns prêmios na temporada de festivais no último ano. Entre eles, cabe destacar também a Menção Honrosa recebida no Festival MixBrasil de Cultura e Diversidade. Os atores Cacá Amaral e Denise Weinberg comentaram ao receber o Prêmio que "o filme é sobre a alma humana, que fala de pessoas comuns, não importando de que gênero elas são; é maior que isso, fala das perdas e danos de uma família, como qualquer outra, que teve um de seus membros decepado pela depressão, pela tristeza de viver, pela intoxicação de ‘tarjas pretas’, por múltiplos motivos, hoje em percentual ascendente, estão fazendo os jovens se suicidarem. Um tema que precisa ser falado sem tabus, sem preconceitos, e que está gritando na nossa frente, pedindo socorro. Não sei o que podemos fazer, mas, como artistas neste país, é uma obrigação falarmos sobre esses temas e outros tão graves que afetam nossa sociedade, a ponto de provocar feridas profundas, e que muitas vezes guardamos, por ‘vergonha’ de mostrar que somos frágeis, vulneráveis e impotentes diante de tanta falta de humanidade, de amor, de empatia, de compreensão, que assola o nosso planeta". |
Sinopse |
Prêmios em festivais: |
Sobre o diretor Sobre a Gullane Em 1996, os irmãos Caio e Fabiano Gullane fundaram a Gullane, hoje somando mais de 40 filmes com destaque no Brasil e no exterior, 25 séries de televisão, inúmeros especiais e documentários. “Carandiru”, “Bicho de sete cabeças”, “O ano em que meus pais saíram de férias”; a franquia “Até que a sorte nos separe”; “Que horas ela volta?”, "Como nossos pais”, "Bingo, O rei das manhãs”; as séries “Alice” (HBO), “Unidade Básica” (Universal) e “Carcereiros” (TV Globo) são algumas das obras realizadas pela Gullane nos últimos anos. Uma produtora ativa no crescimento do audiovisual brasileiro que compõe seus projetos com os melhores talentos e parceiros do entretenimento. Sua capacidade e empenho em todas as etapas de realização a garantiu importantes coproduções internacionais e a comercialização de suas obras para mais de mais de 60 países, levando a identidade do cinema nacional mundo afora. Caracterizada por sensibilizar e movimentar reflexões através de suas histórias a Gullane já acumulou mais de 500 prêmios e nomeações em sua carreira, além de ter seus projetos reconhecidos nas seleções oficiais dos festivais mais importantes do mundo como: Oscar, Cannes, Berlim, Sundance, Toronto, Veneza e o prêmio Emmy. Sobre a Trailer Filmes Sobre o Canal Brasil O Canal Brasil é, hoje, o canal responsável pela maior parte das parcerias entre TV e cinema do país e um dos maiores do mundo, com 365 longas-metragens coproduzidos. No ar há mais de duas décadas, apresenta uma programação composta por muitos discursos, que se traduzem em filmes dos mais importantes cineastas brasileiros, e de várias fases do nosso cinema, além de programas de entrevista e séries de ficção e documentais. O que pauta o canal é a diversidade e a palavra de ordem é liberdade – desde as chamadas e vinhetas até cada atração que vai ao ar. Sobre a Pandora Filmes A Pandora é uma distribuidora de filmes independentes que há 35 anos busca ampliar os horizontes da distribuição de longas-metragens no Brasil, revelando cineastas outrora desconhecidos no país, como Krzysztof Kieślowski, Theo Angelopoulos e Wong Kar-Wai, e relançando clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Federico Fellini, Ingmar Bergman e Billy Wilder. Sempre acompanhando as novas tendências do cinema mundial, os lançamentos dos últimos anos incluem “O Apartamento”, de Asghar Farhadi, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional; “The Square: A Arte da Discórdia”, de Ruben Östlund, vencedor da Palma de Ouro em Cannes; “Parasita”, de Bong Joon Ho, vencedor da Palma de Ouro e do Oscar; o tunisiano “O Homem que Vendeu Sua Pele”, de Kaouther Ben Hania, e “A Felicidade das Pequenas Coisas”, uma grande surpresa do cinema do Butão, ambos indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional; “Apocalypse Now: Final Cut”, a obra-prima de Francis Ford Coppola; “Roda do Destino”, de Ryusuke Hamaguchi, vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Berlim; mais os brasileiros “Deserto Particular”, de Aly Muritiba, e “Uma Família Feliz”, de José Eduardo Belmonte, dois grandes sucessos aclamados pela crítica. |