O Ateísmo, quebra com a mitologia assim nasce a ciência

Antes do nascimento da filosofia, e por este meio o da ciência, todo o questionamento do Homem sobre a Natureza era respondido por diferentes religiões. Estas explicações foram passadas de geração para geração através dos mitos. Um mito é a história de deuses e tem por objetivo explicar a vida e o mundo como ele é.
Durante milênios, espalhou-se pelo mundo uma diversidade de explicações mitológicas para questões filosóficas. Os primeiros filósofos gregos tentaram provar que tais explicações não eram confiáveis. Aí surge o ateísmo.
Os primeiros filósofos gregos criticavam a mitologia, para eles os deuses ali representados, tinham muita semelhança com os homens. Pela primeira vez na história da humanidade, foi dito claramente que, os mitos talvez não passassem de frutos da imaginação do homem. Xenofanes (filósofo grego, 570 a.C.), dizia que, as pessoas teriam criado os deuses a sua imagem e semelhança: “Os mortais acreditam que os deuses nascem, falam, de forma semelhante à sua própria... Se as vacas, cavalos ou leões tivessem consciência e pudessem reproduzir como os homens, eles criariam suas divindades à sua imagem e semelhança”.
Naquela época na Grécia Antiga, o pensamento deu seu salto de evolução, de uma forma atrelada ao mito para um pensamento construído sobre a experiência e a razão. O objetivo dos primeiros filósofos gregos era o de encontrar explicações naturais para o processo da natureza.
Assim começou a busca científica (nascimento da ciência), atrás da substancia básica para a criação da vida. Assim chegando ao átomo. A partir daí a ciência foi colocando a mitologia (religião) para margem da existência; lá aonde a ciência ainda não chegou. Em 1860, Darwin com sua seleção natural coloca em prova a influência divina sobre a vida.
No século XX, pensadores europeus, colocam um fim no último suspiro da religião sobre a influência de Deus sobre os humanos. O filósofo alemão Feuerbach (1804-1872), reduz a religião à antropologia, ele partiu da experiência do cristianismo de sua época para alertar contra as ilusões que esse causava ao povo. Afirma que a idéia de Deus se origina no sentimento de dependência do homem diante da natureza, cujas forças o amedrontam. O cristianismo propõe a relação entre Deus e homem. Feuerbach interpreta essa relação como uma dependência por isso formula a alternativa: ou Deus ou homem, por isso reduz a Teologia à Antropologia, elevando o próprio homem a Deus pra o homem.
Já Marx (1818-1883) pretendia transformar a crítica da religião deste em crítica da política, dizendo que a toda a manifestação religiosa aliena seria gerada pela alienação econômica, por isso Marx crítica a religião e para ele “... a religião é o ópio do povo”.
Nietzsche (1844-1900) anuncia a morte de Deus como uma “boa-nova” para a evolução do homem, porque ela significa permissão para a vida, para o mundo, para o futuro. Somente assim o homem poderia se tornar o “Super-Homem”.
Freud (1856- 1939), diz que Deus é uma necessidade paterna infantil que o homem possui, se nenhum olhar severo e protetor, o homem não consegue caminhar.
Assim, o pensamento ateísta fazendo a ruptura com a mitologia, a ciência ocupa seu lugar, mostrando que, há uma explicação racional para as coisas, sem apelar para o metafísico e que, para um simples dor-de-cabeça, não precise invocar os deuses, basta tomar uma Aspirina.