Vias de Morte

Todos os dias que antecedem a um feriadão, há em todos meios de comunicação, campanhas relacionados á segurança no trânsito. Questiono-me, o que faz os números de acidentes no trânsito crescer tanto? Falta de aviso; falta de educação; má qualidade da vias ou leis que não são regidas e rígidas?
Há inúmeras campanhas de conscientização em relação ao trânsito, este assunto é moda há muito tempo, todos sabem que dirigir em alta velocidade e/ou alcoolizado são fatores fundamentais para um risco de acidentes, muitas vezes fatais. Nós seres humanos, sabemos muito bem isso, e não agüentamos mais abrir os jornais ou ver outros meios de comunicação, noticiários de acidentes fatais no transito.
O que está errado então? Os órgãos fiscalizadores que não estão cumprindo seus papeis, a lei não é tão rígida assim ou ainda não fazem cumprir a lei, pois quem viu alguém preso por ter tirado a vida de alguém no trânsito, por exemplo, dirigindo alcoolizado? Ou será que o problema está no ser humano?
O ser humano parece que nasceu para descumprir as regras. Principalmente no trânsito se vê muito isso; pois quem já não passou por um sinal vermelho? Se o ser humano não descumprisse as regras e pensassem e se colocasse num todo, não precisaríamos de leis e multas por inferir elas. Parece-me assim, que “o homem é mau por natureza”, como dizia o filósofo inglês Hobbes (1588-1679), mas isso é assunto para outro texto. O ser humano, sempre pensa que nunca irá acontecer isso consigo e, somando com o excesso de confiança, resulta na problemática situação do trânsito nacional.
Lógico que, todos os aspectos citados no primeiro parágrafo são fatores que ajudam a aumentar esta problemática mas, a maioria das vezes, a imprudência é a maior vilã deste problema nacional que para mim já se tornou um problema social.
O ser humano quando entra seu veículo, pensa que, está envolto a uma armadura, do tipo da Idade Média, e que nada vai o atingir; mas não pensa que este que está dentro desta suposta e imaginária “armadura” atinge a si mesmo.
Todos sabem que, bebidas alcoólicas e direção não combinam, mas estão por ai estes “cavaleiros” com suas “armaduras” armados, prontos para atingir suas vítimas. O veículo na mão de um ser alcoolizado se transforma em uma arma.
Há falta de fiscalização sim, as lei poderiam ser mais rígidas, tirem o veículo das mãos de motorista imprudente, já que o “carro” é uma paixão dos brasileiros, atinge a sua paixão. talvez só assim o ser humano aprenda a compreender melhor a situação. Que regem as leis, que tenhamos estradas com melhores condições de rodagem, e que o machismo do motorista (cito aqui os homens, pois a maioria dos acidentes graves acontecem com eles na direção) seja colocado de lado, pois excesso de confiança somando com alta velocidade é imprudência grave.
Senhor motorista, você não está dentro de uma “armadura”.