Exterminador do Futuro

Fui convidado a participar de um evento de lançamento do filme Exterminador do Futuro: A Salvação, com o debate Homem vesus Máquina. Neste debate, questionei o que vem a ser “homem”, e o que vem a ser “máquina”.
Bom, o modo do homem se comportar diante da sociedade e suas relações sociais, são quase mecânicas. Hoje temos um melhor relacionamento on line do que uma relação pessoal com pessoas. Somos programados a fazer determinadas funções; o grande Charles Chaplin no filme Tempos Modernos, nos mostra a forma mecânica de sermos diante as nossas relações de trabalho. Temos hora para tudo, agendas lotadas, nosso tempo cronometrado, vivemos como máquinas.
Por outro lado, as máquinas ou os “robôs”, cada dia que passa se tornam mais humanos. Sim, mais humanos, eles vem sendo construídos para substituir o homem. Primeiramente foi a força de trabalho, nas fábricas de automóveis Fiat, por exemplo, a mão de obra assalariada passou de 140 mil para 60 mil operários numa década, enquanto a produtividade aumentava em 75%. A robótica já está há mais de trinta anos dentro de chão de fabricas, substituindo o homem. Lógico que facilita o processo fabril, problemas com acidentes de trabalho, muitas vezes antes em determinados setores aconteciam com o homem. tem um custo baixo, e não há problemas com acidentes de trabalho, que antes aconteciam com o homem.
Hoje, grandes centros de pesquisas, estão criando robôs para exercerem funções domésticas, desde robôs que aspiram o chão até aqueles que podem fazer panquecas, como o Okonomiyaki, robô japonês cozinheiro. Estas criações são um avanço significativo em direção de uma futura indústria de andróides para uso pessoal. Neste futuro, uma nova geração de assistentes pessoais robóticos assumiria tarefas penosas do dia a dia, como de limpar a casa, lavar a roupa ou até de ir a geladeira, pegar uma cervejinha e levar até você. Que conforto hein, você não acha? Mas a que preço?
O filme da Disney Wall-E, nos mostra uma suposta teoria de como se tornariam os humanos, com todo este conforto que as máquinas poderiam nos proporcionar; vivendo sem fazer esforço algum, a sociedade poderia se tornar obesas, algo que, já é um grande problema de saúde mundial; por termos uma queda por tudo que é mais cômodo, desaprenderíamos a fazer as coisas por nós mesmos, por estarmos acostumados a ter algo ou a coisa (robô) a fazer por nós.
No filme Exterminador do Futuro, num futuro não muito distante, as máquinas iriam dominar os humanos. Acredito que isso seja possível, não que tenha uma imaginação fictícia, e também não estou dizendo que as máquinas podem ter consciência, ou qualquer outro tipo de inteligência artificial. O homem hoje quer criar máquinas que imitem a sua imagem e semelhança, um complexo de deus, até já criaram um robô que exprime sentimentos, o robô japonês Kobian.
No filme Exterminador do Futuro, o homem cria uma máquina para defender a humanidade, mas esta entende que o homem é o próprio inimigo, e assim começa a guerra entre as máquinas e os humanos. Mas aí fica uma questão: será que na ficção, as máquinas desencadeariam uma guerra contra os humanos, por não ter um raciocínio lógico e estarem programadas a defender a humanidade a qualquer custo, estas por sua vez, entender que, é o homem o inimigo da próprio raça. Assim as máquinas causariam o extermínio da humanidade? Poderíamos hoje, talvez, avançando de forma significativa, criando a fictícia e mitológica Skynet, direcionando assim para nosso próprio extermínio? Assim, estaríamos hoje, criando nosso próprio juízo final.
Não estou aqui, teorizando o Apocalipse fictício, mas vejo que o homem está, em suas relações sociais, dando valor e se tornando uma máquina, deixando assim de ser o que verdadeiramente é: humano.