Texto de Filipe Martins.
O primeiro filme da franquia Mad Max, lançado em 1979 e dirigido por George Miller, marcou o início de uma série icônica no gênero de ação e pós-apocalíptico. Ele foi crucial para a carreira de Mel Gibson, que estrelou como Max Rockatansky. A história se passa em um futuro próximo, onde a sociedade está à beira do colapso por causa da escassez de recursos e da crescente anarquia. Max é um policial rodoviário que, após a morte brutal de sua esposa e filho por uma gangue de motociclistas liderada por Toecutter (interpretado por Hugh Keays-Byrne), busca vingança e se torna um vigilante solitário nas estradas desoladas da Austrália.
O filme foi feito com um orçamento baixíssimo, cerca de 350 mil dólares australianos, mas arrecadou mais de 100 milhões de dólares em bilheteria mundial, tornando-se o filme de maior retorno sobre investimento da época. George Miller, que era médico de emergência, se inspirou nas lesões de vítimas de acidentes de carro que tratou em hospitais, o que influenciou a representação gráfica da violência no filme.
Mel Gibson conseguiu o papel principal quase por acaso. Ele acompanhou um amigo à audição e acabou sendo notado pelos produtores, mesmo estando com o rosto machucado de uma briga de bar na noite anterior, o que acharam que adicionava ao personagem de Max. Hugh Keays-Byrne, que interpreta o vilão Toecutter, voltou à franquia no quarto filme, "Mad Max: Estrada da Fúria", como Immortan Joe.
"Mad Max" não só impulsionou a carreira de Mel Gibson, mas também influenciou muitas obras no gênero pós-apocalíptico e de ação. O sucesso gerou várias sequências, incluindo "Mad Max 2: A Caçada Continua" (1981), "Mad Max Além da Cúpula do Trovão" (1985) e "Mad Max: Estrada da Fúria" (2015), este último sendo amplamente aclamado pela crítica e pelo público.