A Metafísica de Aristóteles como concepção da realidade de conhecimento


Para o filosofo, a idéia está no ser e não em um mundo inteligível (mundo das idéias), Aristóteles defende que todo ser traz dentro de si mesmo sua essência, realizada no mundo natural. Todos os seres, objetos, os entes, são formados de co-princípios: existência e essência.
Esse ponto de partida consistirá, para Aristóteles, em uma concepção de realidade segundo a qual o que existe é a substância individual, que podemos considerar aqui como o indivíduo material concreto, o sinolo (synolon). Este seria constituinte último da realidade, o que o evitaria o dualismo, a realidade sendo composta de um conjunto de indivíduos materiais concretos .
A essência do ser, é subdividida em substância e acidentes. A substância é aquilo que respondo pela minha identidade, inseri em determinada espécie; já os acidentes, são aquilo que me define, como indivíduo. Exemplo: a cor, a raça, o tamanho, a forma, o gênero, etc.
Entretanto, Aristóteles afirma que, a substância do ser . por sua vez é composta de matéria e forma . A matéria é o elemento geral, que nos constitui nossa substância, o principio da individuação; e a forma aquilo que corresponderia ao núcleo mesmo da nossa essência, caracteriza e realiza a matéria, maneira como, em cada indivíduo, a matéria se realiza.
Cada ser existe decorrente da união da matéria e forma; substância e acidente; essência e existência
Matéria – prima e forma específica são as substancias constitutivas de cada ente, cada ser. Por sua vez as substâncias se unem aos acidentes que individualizam cada um, formando assim a essência completa do ser. A essência determina como se dará a existência real de cada ser, e nessa essência, estão contidas em potencias, todas as características que cada ente possa desenvolver mediante a um processo de atualização.
Os entes se formam e se desenvolvem passando sempre em estado de potencia a um estado de ato. Como por exemplo: uma semente é uma árvore em potência, mas não em ato. Quando germina, a semente torna-se árvore em ato. É assim que se dá no caso da nossa educação. Segundo Aristóteles, o que se dá enquanto nos educamos, é um processo de atualização de nossas potencialidades presentes em nossa essência, bastando que sejam ativadas para se realizarem. O papel da educação é exatamente esta ativação, segundo Aristóteles.
Ao ser desenvolvido plenamente o ser se atualiza, se torna em ato. A existência em ato, esta teoria do ato e potência que determina toda a proposta de ação, ética e política, de Aristóteles.