Ozymandias um ser ético?

 



O personagem Ozymandias (Adrian Veidt) é um multi-milionário brilhante e extremamente egocêntrico movido por um obscuro senso de dever. Considerado na trama de Watchmen o homem mais inteligente do mundo, manipula as duas superpotências da #guerrafria no intuito de salvar o planeta de um desastre maior.
Em seu plano para terminar com a ameaça nuclear constante, ele consegue unir os dois países inimigos em torno de um inimigo em comum.
Veidt acreditava que o caminho para acabar com a guerra e o sofrimento humano era forçar as potências mundiais a se alinharem contra um inimigo comum, e então comete assassinato em massa em nome do bem maior.

#ozymandias parece ser um #filosofo consequencialista: a ideia de que o valor de uma ação provém inteiramente do valor de suas consequências.
Ele é o tipo de ser que, quando tem que tomar decisão, lista cuidadosamente os prós e os contras e escolhe a opção que tem mais prós na balança. Pelo menos é isso que Ozymandias pensa de si mesmo, esse tipo de consequencialismo calculista de #veidt está bem associada com a ética do #utilitarismo - esta propõem que as ações são corretas proporcionalmente à sua tendência para promover a #felicidade .
Um ato deve ser preferido a outros em função da maior felicidade que proporciona em comparação a eles. Veidt acredita que sacrificar a vida de milhões salva, bilhões de vidas, trazendo a felicidade a todos, com o fim da eminente guerra nuclear.

E fazer o que Veidt, o #ozymandias você dirá que é injustiça?
Pois bem, um dos meios para prevenir tal barbárie, é a doutrina dos direitos humanos, na qual nos diz que há algumas coisas que o individuo não pode ser obrigado a fazer contra sua vontade, mesmo que seja em nome do bem maior. Esta é uma das críticas à doutrina do utilitarismo, pois esta é, incapaz de abraçar a doutrina dos direitos humanos.

Ozymandias é um homem cujo ego opressivo e a incapacidade de apreciar a natureza obscura da vida o levam a pensar que o fim pode, justificar os meios.