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RESDESCOBRINDO HULK (2003)

 


Por Filipe Martins

Em um mundo pré-MCU, os filmes de quadrinhos sempre tentavam trazer algo diferente, com liberdade para o diretor, seja com Sam Raimi na trilogia Homem-Aranha (2002-2007), Bryan Singer com X-Men (2000 e 2003), Sam Mendes com Estrada para Perdição (2002) e Christopher Nolan com a trilogia Cavaleiro das Trevas (2005-2012). Todos esses filmes possuíam uma identidade, sendo possível identificar características dos realizadores, mas com fidelidade a sua obra original.

Porém, nesse período, um filme acabou dividindo a opinião: Hulk de 2003, dirigido por Ang Lee (O Tigre e o Dragão e O Segredo de Brokeback Mountain). A maior parte das críticas focaram no excesso de drama psicológico, a falta de ação e vilão e nos efeitos visuais cartunescos, sendo que em 2003 já tínhamos o Gollum, e sendo feito para Industrial Light e Magic (que criou os efeitos de Star Wars), as expectativas estavam altas.

Mas fomos nós que erramos. Não tinha como imaginar um filme tradicional de Ang Lee, pois mesmo o filme de ação que ele fez (e ganhou o Oscar) tinha um foco psicológico muito forte, o que talvez tenha sido essa justificativa por ter aceitado essa empreitada.

20 anos depois ele merece ser revisto, pois o drama é justamente seu diferencial, e uma montagem incrível que emula as páginas dos quadrinhos, algo que nenhuma obra desde então o fez. E o elenco está ótimo, seja Erica Bana como Bruce Banner, Jennifer Connelly como Betty Ross, Sam Elliott como General Ross e Nick Nolte como David Banner.

Mas esse é o erro, expectativa. Estávamos vindo de Homem-Aranha em 2002 e X-Men 2 em 2003, como não elevar as expectativas.

Interessante notar que hoje a grande reclamação é justamente a falta de personalidade dos filmes de super-heróis e, ironicamente, a qualidade dos efeitos visuais. Vejam por exemplos os efeitos do The Flash (2023) com esse Hulk e comparem.

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