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Mostrando postagens de janeiro, 2009

Lá fora

De lá fora vem um grito de dor Que ensurdece a alma Quebra um coração. Lá fora vem o medo de estar sozinho Ser mais um, no meio da multidão. Lá fora há uma multidão de desconhecidos Empobrecidos, Por culpa de suas orações; Orar por si mesmos Não pelo outro lá fora Molhado pela chuva da discórdia Irradiado em seu coração. Lá fora escuto canções De um mundo novo De mudanças, de novos horizontes. Que uma bandeira pode trazer. Mas vejo que lá fora Ninguém escuta as canções de mudanças Pois seu cotidiano a rotina toma conta E a preguiça alienada Faz-nos não mais querer. Lá fora vejo daqui de dentro Através dos vitrais O choro da criança esquecida O grito do oprimido A escravidão de nossas almas Sobre nossas atitudes e olhar. Lá fora Não há mais nada colorido Só o reflexo dos vitrais. Está tudo Tudo lá fora E eu aqui dentro Contemplando o ser Através da janela. Vejo o tudo e o nada O preto e branco A ideologia e a alienação Eu racionando Sobre tudo O que há lá fora.

O papel da filosofia nas salas de aula

Há pouco tempo, observei o conselho escolar de determinada escola privada, discutindo uma reforma no currículo escolar, inserindo ou não o ensino da disciplina ´filosofia`, nos seus currículos. O resultado desta discussão foi não colocar esta disciplina nos seus currículos, por se tratar de um custo á mais para a escola em contratar algum professor da área. Primeiramente me pergunto, por que colocar pessoas em um conselho escolar que não entendem nada de ensino, e não tem nenhuma visão pedagógica da coisa. Outra a filosofia é um custo? Bom, a disciplina de filosofia como a de sociologia, foi retirada dos currículos escolares, graças ao golpe militar de 1964, onde era ´proibido pensar`. A ditadura caiu no inicio da década de 80, mas a filosofia e sociologia começam a retornar para as salas de aulas somente em 2006, por decreto do MEC (Ministério da Educação e Cultura). Bom o atraso intelectual foi grandioso, mas existem ainda resistências sobre isso, herdeiros do

Em busca de Canaã

Um povo histórico, guerreiro, sofredor. Sem ter terras, foram escravizados, se tornaram perseguidos e para o deserto foram, por quarenta anos andando, por Moisés, em busca de uma terra prometida. Assim foram guerreando, para conquistar seu território, em nome de um determinado Deus, foram enriquecendo, se tornando uma potência militar liderados por Davi, seu rei amado. Para muitos é um povo amaldiçoado, pois crucificaram o cordeiro de Deus, aquele que de palavra se tornou carne, o filho do onipotente, e seu sangue manchou suas mãos. Com o passar dos anos se tornou perseguido novamente, por diversos motivos. Espalhados pelo mundo, sua terra prometida, foi perdida para outros povos. Foram expulsos da Europa, mais tarde perseguidos pelo um partido nacionalista, que dizia que sua “raça” era a escoria do mundo. Coma a ascensão deste partido, foram perseguidos, presos, torturados, escravizados novamente e quase dizimados. O nazismo dizimou milhões de judeus em seus campos

Sapiens

Assim é a sapiência Como para a ciência Um termo discutível e reversível Que não descansa A alma embebedada do conhecer. Tristes as almas adormecidas Que a sapiência não envolveu, Fica assim a escuridão a alma Sem a luz que pode mostrar caminhos, Verdades Que estão juntas adormecidas Com a alma despedaçada. Sapiência igual à ciência Não deixa adormecida a alma, Nunca esquece o que conhece Conhece o faz refletir na alma O que nela adormece As tristes horas do acaso. Sábia é a paciência Que sabe esperar a hora certa Para despertar Uma alma adormecida Empobrecida Com as horas vagas delirar. Chove palavras, matemáticas, Teorias, gritos E até o amar, Pulsa o pulsar O sangue aquece A alma desperta Pronto a libertar, Os grilhões alienados Das canções que não sabem rimar. No amanhecer do conhecimento O lógico é o acordar A alma a trabalhar Pulsando o racionalizar. Questiono, julgo Vibro Com questões a perguntar Buscando os caminhos Descobrindo estes, Para não adormecer o olhar. Vibro com cada

Lógica

Já vi tudo e a todos Pois então, não sei mais o que fazer, Como vi tudo, e a todas As possibilidades então, Logo não tem mais o que fazer. Tudo é tudo o que foi feito Todas as possibilidades estão neste todo. Então só há a minha pergunta Minha indagação, Que não sei a resposta Logo, não vi tudo Ou, o tudo que vi não existe, Ou ainda não era o tudo, o todo Pois, por haver muito a responder.

Esperança

Inicia-se mais um ano, e todos temos a esperança que este ano será melhor que o outro que passou, mesmo sabendo que está começando uma crise em nosso país. Nunca se viu tantas pessoas buscando simpatias para a virada deste ano, todos com esperança. Uma fé que, este ano possa melhorar. Apelam para as “forças místicas” para auxiliarem a solucionarem os problemas enfrentados no último ano, para que neste (o novo ano), não precisem passar pelas mesmas necessidades. Pular sete ondas; guardar três lentilhas ou sete grãos de uva na carteira; vestir branco para atrair a paz, ou outra cor com sua simbologia; estas e outras simpatias, fortalecem ainda mais a esperança que este ano que se inicia seja muito diferente, no amor, no dinheiro, na paz. Esperança no dicionário quer dizer: “uma crença emocional na possibilidade de resultados positivos relacionados com eventos e circunstâncias da vida pessoal”. A esperança requer uma certa perseverança, acreditar que algo é possível mesmo quan