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Mostrando postagens de agosto, 2021

MUITO ALÉM DOS SUPER-HERÓIS 1

    Por Paulo Kobielski Nessas andanças pelos diversos eventos de quadrinhos no país, entre eles a CCXP, FIQ, CConFloripa, CConRS, percebi o quanto os super-heróis das duas grandes editoras do ramo, DC e Marvel, ganham a preferência entre os fãs. Esses personagens criados na Era de Ouro dos comics, vendem milhões de gibis no mundo a cada ano, catapultados a grandes alturas pelas produções cinematográficas, mantendo os super-heróis como verdadeiros ícones do mercado. Superman, Batman, Capitão América, Thor, realmente são muito fascinantes. Entretanto, sabemos que nem só de super-heróis vivem ou viveram as histórias em quadrinhos. Quem de nós já não leu um gibi, assistiu a um desenho animado ou, um seriado na TV do Pato Donald, Pernalonga, Jornada nas Estelas, Formiga Atômica, Pica-Pau ou Zorro? Como não lembrar desses carismáticos personagens que povoaram nosso imaginário e deram sentido a infância de muitos de nós. Pois todos eles tiveram uma história em comum: eram publicados nas pá

GIBITECA NA ESCOLA: mediações pedagógicas possíveis e necessárias

 Por  Lisi Olsen      Este resumo de pesquisa que apresento, é de natureza qualitativa, através de uma metodologia de estudo de caso analítico envolvendo a análise das possibilidades de mediações pedagógicas necessárias ao organizar uma gibiteca escolar, partindo de um estudo de caso realizado em uma escola pública do município de Canoas/ RS. O estudo ocorreu em 2019, durante o planejamento, organização e abertura de um anexo da biblioteca da escola, designado ao acervo de histórias em quadrinhos doados pelo então diretor.      O estudo partiu da seguinte problemática: quais as mediações pedagógicas possíveis e necessárias para o funcionamento de uma gibiteca escolar? A reflexão sobre a problemática ocorreu através dos seguintes objetivos específicos: (a) Compreender a gibiteca como espaço de acesso às HQs; (b) Refletir o processo de desenvolvimento da leitura através das HQs; (c) Analisar as mediações pedagógicas necessárias para potencializar a leitura desenvolvida pelas HQs. Partind

Qual o lugar das HQs na educação infantil?

Por  Lisi Olsen A educação infantil, como apontam estudos e práticas, é o principal espaço de experiências e aprendizagens indispensáveis para o desenvolvimento infantil. Para muitas crianças é o primeiro contato social com diferentes pessoas fora do seu círculo familiar. Na formação literária, a educação infantil é também em muitos casos a primeira experiência com suportes de leitura literária, visto que, a escrita e a leitura fazem parte da vida cotidiana, mas nem sempre como um hábito por lazer. Como espaço de socialização e experiências, cabe aos educadores preparar estratégias e disponibilizar diferentes suportes de leitura apresentando seus educandos ao mundo letrado literário. Entre esses suportes vamos destacar as histórias em quadrinhos (HQs). As HQs são suportes de leitura com uma composição híbrida entre imagem e texto (MAGALHÃES, 2003), onde ocorrem três leituras simultaneamente: leitura visual (desenhos), leitura textual (textos, onomatopeias) e leitura crítica (co

Fanzines na Sala de Aula

 Por  Denilson Reis      Tenho uma trajetória de mais de três décadas como fanzineiro, editando o fanzine Tchê desde dezembro de 1987. Em 1994, iniciei minha trajetória como professor de História trabalhando com alunos de Ensino Fundamental e Médio. No princípio, na realidade, por muitos anos, não me sentia à vontade de levar minha produção de zines para dentro da sala de aula, nem para mostrar como curiosidade aos alunos.      Com o tempo fui amadurecendo meus princípios pedagógicos e mergulhando em obras de Paulo Freire e seus seguidores. Conceitos como autonomia, protagonismo e construção do conhecimento começaram a fazer parte de meu cotidiano dentro da sala de aula. Comecei a perceber que os fanzines poderiam ser uma ótima plataforma de produção do conhecimento a partir das vivências e experiências dos alunos.        O fanzine sempre foi a forma como eu expressava minhas ideias, minhas angústias, meus sonhos. Na realidade, o fanzine sempre foi mais do que uma forma de expres

Super-Heróis que lidam com problemas reais

      Muitos personagens das histórias em quadrinhos (HQs) trazem temas sobre vulnerabilidades. E esses personagens podem ser instrumentos para discutirmos sobre o assunto em sala de aula.     Vejamos alguns personagens:     Jéssica Jones e o Trauma      A ex-heroína, traumatizada , se esconde atrás de bebidas,  drogas e tudo mais por conta de seu passado. Clássico estresse  pós-traumático – além  de possível d epressão,  síndrome do  pânico e outros. Luke Cage e o racismo      A base primordial é a luta contra o racismo.  Ele não é o primeiro super-herói negro, mas está entre os maiores ícones representativos quando abrange uma área que, geralmente, os Vingadores não se interessam tanto, como violência urbana/periférica. Acesse  AQUI Mulher Maravilha e o Feminismos      Ela é um símbolo e uma inspiração para a luta por igualdade das mulheres. Arsenal e as drogas      Roy Harper se tornou um viciado em heroína, foi ao fundo do pior dos poços. Se sentiu completamente  abandonado , dei

Como surgiu a ideia do Filosofando com os Super-Heróis?

     Estava eu no meu estágio docente...      Porém, os alunos fizeram abaixo assinado para me tirar da escola.  Acreditavam que minhas aulas de Filosofia eram horríveis. Porém, a ssistindo o filme do Homem Aranha , veio a ideia de usar a frase que  norteia a vida  do herói: "Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades".     Noto que, esta frase tem tudo haver com temas de filosofia que estava querendo abordar em sala de aula.  Questões sobre  ética , moral, e  tantos outros temas ligados ao pensamento filosófico .     Assim, levei essa frase para  sala de aula.  Os alunos se interessaram pelas aulas . E aí veio a necessidade de pesquisar mais sobre os super-heróis, porém com um olhar filosófico . Após o uso dessa didática um grupo de alunos me procurou perguntando: "Qual o próximo super-herói que irá trazer?". Desta forma, comecei a ler as HQs com um outro olhar, não para entretenimento e sim de pesquisa.      A cada pesquisa um texto criado      Como não

O que falam sobre quadrinhos e que estão completamente equivocados

 Por muito tempo criticou o uso de quadrinhos por parte dos jovens, assim se criou uma cultura de preconceito à leitura. Veja aqui algumas falas que estão completamente equivocadas: "Quadrinhos são coisas  de crianças"      As HQs atingiram (e atingem) muito o público infantil. Porém, há diversas histórias (principalmente as superaventuras), que não possuem contextos nada infantis . Muito pelo contrário. "As HQs prejudicam a formação  educacional dos indivíduos".      Muito pelo contrário.  Há pesquisas que apontam que, alunos que leem gibis têm melhor desempenho escolar do que aqueles que usam apenas o livro didático. As HQs aumentam significativamente a performance do aluno. Venha para o maior portal de colecionismo. Acesse  AQUI "Ler quadrinhos prejudica o  hábito de leitura"      Os quadrinhos são o primeiro objeto de literatura escolhido pela criança e pelo jovem. Eles não são obrigados a ler, eles buscam a leitura, pois as HQs são algo prazeroso.