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NO CÉU DA PÁTRIA NESSE INSTANTE, NOVO FILME DE SANDRA KOGUT QUE ESTREIA NA MOSTRA COMPETITIVA DO 56º FESTIVAL DE BRASÍLIA, RECEBE CARTAZ OFICIAL

 


O longa é um arquivo do presente sobre o processo eleitoral de 2022, que culminou no 8 de janeiro

 

NO CÉU DA PÁTRIA NESSE INSTANTE, novo filme de Sandra Kogut, recebeu cartaz oficial. “Sentia muita necessidade de registrar esse momento, fazer um arquivo do presente. Sabia que era um momento importante para nós brasileiros com tanta coisa séria em jogo”, assim define a cineasta sobre seu novo longa filmado durante 2022, acompanhando o processo eleitoral. O documentário fará sua estreia mundial no 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, no Cine Brasília, dia 10 de dezembro, às 21 horas.

O documentário, destaca a diretora, não é apenas sobre o período eleitoral, é “também sobre todo o medo e tensão que estavam contidos naquele momento, as realidades paralelas, fake news”. O filme é produzido pela Ocean Films, Marola Filmes, Kiwi Produções, em co-produção com Globo News, Globo Filmes e Canal Brasil e tem distribuição da O2Play.

NO CÉU DA PÁTRIA NESSE INSTANTE acompanha uma série de personagens de vários pontos do espectro político ao longo do ano. A intenção é retratar como essas figuras, que fazem parte de maneiras diferentes do processo político, mas sem estar geralmente no centro das atenções, observam e lidam com as tensões, dificuldades, angústias e ansiedades daquele ano eleitoral. O filme conta ainda com a participação especial de Antonia Pellegrino.

“Geralmente nessas situações olhamos para quem está no centro da imagem, no centro do poder: os candidatos. Mas e os que estão ali do lado? No fundo? Junto? Sem eles o processo não existe. Eu queria esses olhares.  Tanto que algumas imagens de momentos marcantes, como o dia da posse, vemos por um ângulo que não foi aquele das  imagens oficiais. A visão dessas pessoas que não estão habitualmente no centro sempre me interessou, nos meus outros filmes também lidei com isso. No processo eleitoral é impressionante ver quanta gente trabalha, se dedica, se envolve. É o esforço máximo da democracia”, afirma Sandra Kogut.

Outras figuras que também estão em destaque no longa são voluntários que trabalham nas eleições, que fazem o processo eleitoral e a democracia acontecer. Isso permite descobrir coisas geralmente pouco retratadas na mídia, como o funcionamento das urnas eletrônicas. 

Kogut explica que ao acompanhar a história no calor e tensão do momento, o filme se torna um documento que nos permite olhar para o passado recente, e tentar compreendê-lo. “Sabia que era um momento importante para nós brasileiros com tanta coisa séria em jogo. Eram coisas que iríamos querer olhar novamente ao longo dos anos. Um dia até explicar no futuro, para nossos filhos, o que foi esse momento que, às vezes, parecia tão absurdo até. Pensava, coitado dos professores de história no futuro.”

Com personagens espalhadas por várias cidades – como Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Anajás (na Ilha de Marajó), Belém, Curitiba – a diretora explica que a internet foi um dispositivo muito útil nas filmagens do documentário.

A gente filmou ao longo de muitos meses, e construímos uma relação de confiança, sem a qual o filme não teria existido. Muitas vezes falei com eles por zoom, que me permitiu entrar numa relação mais próxima, direta, de um pra um . No dia 8 de janeiro, por exemplo, falei com vários personagens ao mesmo tempo, enquanto as invasões aconteciam . Isso teria sido  impossível se tivéssemos que ir com uma equipe. Era importante ter um dispositivo de filmagem que fosse híbrido e flexível para lidar com a imprevisibilidade do momento. A gente vivia com o coração na boca, sem idéia do que ia acontecer”

Kogut define que cinema é sempre um olhar, uma maneira de estar no mundo e, naquele momento tão conturbado, teve a sorte de estar fazendo um filme, que é uma forma muito rica, complexa e intensa de atravessar um momento tão extremo como aquele. “Quando vejo o filme, revivo muita coisa, como acho que isso vai acontecer com todo mundo. Vendo o  filme, cada um   vê também seu próprio filme que passa na cabeça. Fico feliz que tenha conseguido chegar ao final desse filme, que ele exista hoje e a gente possa mostrar.”

Sinopse
Rodado ao longo do ano de 2022, o filme acompanha de perto os meses turbulentos do período eleitoral que culminaram na invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF, no dia 8 de janeiro de 2023. Através do olhar e da vivência de alguns personagens envolvidos no processo das eleições, mergulhamos num Brasil de tensão e expectativa, onde coexistem realidades paralelas, que têm dificuldade de se enxergar mutuamente. Um registro de um momento na história do país onde a democracia esteve seriamente em jogo.

Ficha Técnica

Roteiro: Sandra Kogut 

Direção: Sandra Kogut 

Fotografia: Léo Bittencourt

Montagem: Renata Baldi, Sandra Kogut

Som: Bruno Armelin

Trilha sonora: O Grivo

Produção Executiva: Desirée Portela

Direção de Produção: Ligia Turl 

Produtores: João Roni, Sandra Kogut, Henrique Landulfo, Zahra Staub, Cristian Marini

Elenco: Adenilson Ferreira, Antonia Pellegrino, Edivan Santos, Estela Maria de Oliveira, Juliano Maderada, Milena Batista, Neli Belem, Osvaldo Pires, Rute Sardinha

Sobre Sandra Kogut

Cineasta e documentarista, Sandra Kogut vem há anos utilizando diferentes mídias e formatos: ficções, documentários e instalações. Seus filmes receberam dezenas de prêmios internacionais e foram lançados em diversos países.  Entre eles estão o documentário “Um Passaporte Húngaro” (França/Bélgica/Hungria/Brasil, 2003); “Mutum” – longa-metragem de ficção baseado em Guimarães Rosa – que teve estreia mundial no Festival de Cannes (2007) e recebeu mais de vinte prêmios internacionais, além de ser lançado comercialmente em mais de 20 países. Ambos os longas “Campo Grande” (Brasil/França, 2015) e “Três Verões” (Brasil/França, 2019) estrearam no Festival de Toronto e também correram o mundo, recebendo prêmios em Havana, Antalya, Málaga, Mar del Plata e muitos outros. Em 2021 Kogut idealizou e dirigiu o documentário “Voluntário ***1864” sobre os voluntários das vacinas contra a Covid, uma produção GloboNews/Globoplay.

Sobre a Ocean Films

Ocean Films é uma produtora brasileira com mais de 20 anos de experiência. Já colaborou com diversos canais e plataformas, como: Netflix, Globoplay, HBO, ESPN Brasil, TV Globo, Turner Broadcasting Latin America, RTP (Portugal), MTV (India), entre outros. Entre seus projetos destacam-se produções de esmerado apuro técnico e artístico e com um forte teor de responsabilidade social e ambiental.

Seu primeiro longa-metragem, "Pequeno Segredo", foi selecionado para representar o Brasil no Oscar de 2017 na categoria de Melhor Filme Internacional. Em 2023 irá estrear o longa de ficção "The Penguin and The Fisherman", protagonizado por Jean Reno, no qual a Ocean, através de seu produtor e sócio-fundador João Roni, está participando da produção.

Sobre a Globo Filmes

Construir parcerias que viabilizam e impulsionam o audiovisual nacional para entreter, encantar e inspirar com grandes histórias brasileiras – do cinema à casa de cada um de nós. É assim que a Globo Filmes atua desde 1998. Com mais de 500 filmes no portfólio, como produtora e coprodutora, o foco é na qualidade artística e na diversidade de conteúdo, levando ao público o que há de melhor no nosso cinema: comédias, romances, infantis, dramas, aventuras e documentários. A filmografia vai de recordistas de bilheteria, como “Tropa de Elite 2” e “Minha Mãe é uma Peça 3” – ambos com mais de 11 milhões de espectadores – a sucessos de crítica e público como “2 Filhos de Francisco”, “Aquarius”, “Que Horas Ela Volta?”, “O Palhaço” e “Carandiru”, passando por longas premiados no Brasil e no exterior, como “Cidade de Deus” – com quatro indicações ao Oscar – e “Bacurau”, que recebeu o prêmio do Júri no Festival de Cannes. Títulos mais recentes como “Marighella”, “Turma da Mônica: Lições” e “Medida Provisória” fizeram o público voltar às salas pós-pandemia para prestigiar um cinema que fala a nossa língua.

Sobre o Canal Brasil

O Canal Brasil é o canal que mais coproduz cinema no país, com mais de 400 longas-metragens coproduzidos. No ar há 25 anos, reúne uma programação diversa com programas, séries, ficções, documentários e shows que apresentam retratos da cultura brasileira. O acervo do canal conta com obras dos mais importantes cineastas brasileiros e de várias fases do nosso cinema, com uma grade que conta a história da sétima arte do país. O que pauta o canal é a diversidade, com uma programação plural, composta por muitos discursos e sotaques. A palavra de ordem é liberdade – desde as chamadas e vinhetas até cada atração que vai ao ar.

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