Dirigido por João Dumans, codiretor de Arábia (2017), o filme é protagonizado pela artista Viviane de Cássia Ferreira, que fala francamente sobre a sua experiência com a arte e a loucura |
Arte do cartaz: Line Rime Materiais do filme: https://drive.google.com/ |
Grande vencedor da Mostra Aurora do Festival de Tiradentes de 2023, AS LINHAS DA MINHA MÃO, de João Dumans, estreia nos cinemas em 11 de abril. O filme nasce a partir de uma série de encontros entre o cineasta e a artista Viviane de Cássia Ferreira, nos quais ela fala sobre a vida, seu trabalho e sua própria experiência com a loucura. A produção é da Katásia Filmes, e a distribuição da Embaúba Filmes. "Fico pensando na depressão como uma senhora fria e triste que vai ao nosso portão todas as manhãs, como diz o verso de uma banda da minha época. Na música, a pessoa sorri e manda ela ir embora. Tenho que fazer esse exercício diário. E cada vez que consigo, a sensação que vem é a de juventude. De que tenho mais vida. Porque a depressão é o polo oposto, é a pulsão de morte. A euforia é uma pulsão de vida, mas não posso ir para lá, nem para cá, tenho que ficar navegando. E, nesse sentido, é importante ter pessoas, afetos a quem eu possa confiar. E dá certo. Normalmente, são pessoas mais jovens que eu. Gosto da força da juventude. Fui mãe muito cedo, aos 16 anos, e isso interfere… Parei tudo e fui criar minha filha. Trabalhei muito. E deu certo. Cada batalha que ganho da doença me deixa tão feliz… Isso me rejuvenesce um tanto.", conta a artista. “Para mim, as coisas super se confundem, porque gosto mesmo de trabalhar. Nem me chamo de atriz, me nomeio ‘performer entre arte e vida’. Onde meu trabalho está, há uma verdade muito pessoal, particular e subjetiva. E o contrário também é verdade. Quero que a minha arte reflita isso. Por isso foi muito legal o meu encontro com o João, porque ele se dispôs a isso. O mais quente da interpretação é a própria vida. Isso se confunde o tempo todo, mesmo quando são só memórias. Nossas memórias estão cheias de vida”, confessa a artista. |
Dumans também destaca a importância do improviso no filme que, para ele, “significa esse lugar específico da atuação onde a vida e o cinema se confundem.” “Para cada realizador, trabalhar com um não-ator, um ator não-profissional ou um ator iniciante, improvisar, significa coisas diferentes. No nosso caso, o improviso consistia na disponibilidade de estar junto e tentar encontrar alguma coisa que nós ainda não sabíamos o que era. |
Sinopse Por meio de uma série de encontros imprevisíveis, uma atriz fala sobre a sua experiência com a arte e a loucura. Dividido em sete atos, o filme é, ao mesmo tempo, o retrato de uma mulher e um estudo sobre as possibilidades desse retrato.
Direção: João Dumans Produção executiva: Laura Godoy Roteiro: João Dumans e Viviane de Cassia Ferreira Direção de fotografia: João Dumans Som direto: Rafael dos Santos Rocha Montagem: Luiz Pretti Assistente de Direção: Rafael dos Santos Rocha Finalização: Leonardo Feliciano Elenco: Douglas Klinger, Leandro Acácio e Viviane de Cassia Ferreira Trilha sonora: Francisco Cesar, Bernardo Caldeira, Thiago Delegado, Camila Rocha, Paulo Fróis, Sebastião Tapajós, Pedro dos Santos Consultoria: Affonso Uchoa, Sérgio de Carvalho, André Dumans, Gabriela Albuquerque. Edição e Mixagem de Som: O Grivo Produtora: Katásia Filmes País: Brasil Duração: 80 min
Sobre a Katásia Filmes |
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