NOVO FILME DE CAROLINE FIORATTI FAZ SUA ESTREIA BRASILEIRA NA 47ª MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA EM SÃO PAULO
Exibido no SXSW, MEU CASULO DE DRYWALL é o filme mais pessoal da cineasta, e traz no elenco Maria Luisa Mendonça, Bella Piero e Michel Joelsas |
Caroline Fioratti lança MEU CASULO DE DRYWALL, um longa-metragem autoral, que fez sua estreia mundial no começo do ano no festival americano South by Southwest, SXSW, e agora terá sua première no Brasil na 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, que acontece entre 18 de outubro e 01 de novembro. O longa é uma produção da Aurora Filmes, em coprodução com a Haikai Filmes. A distribuição é da Gullane. MEU CASULO DE DRYWALL terá três dias diferentes de exibições durante a programação da Mostra: dia 27 de outubro, às 19h50, na Cinemateca; dia 29 de outubro, às 17h30, Cineclube Cortina; e dia 30 de outubro, às 14h, no Cinesesc. A exibição do dia 27 será seguida por uma mesa de debate com convidados especiais: Rita von Hunt, persona do ator e professor Guilherme Terreri, Aldo Zaiden, psicanalista com atuação em Políticas Públicas de Saúde Mental, Direitos Humanos e Políticas sobre Drogas, a atriz do longa-metragem, Maria Luisa Mendonça e a diretora Caroline Fioratti, além do elenco jovem do filme – Bella Piero, Mari Oliveira, Michel Joelsas e Daniel Botelho. “Eu frequento a Mostra desde os meus 14 anos - hoje estou com 38. Ela faz parte tanto da minha formação como cineasta como também da minha formação humana, uma vez que abriu janelas para que eu conhecesse narrativas e conflitos de diversas partes do mundo. Me sinto privilegiada de poder estrear nacionalmente o meu longa-metragem nessa grande celebração do cinema. Ainda mais sendo um filme que fala muito sobre a cidade de São Paulo”, relata a diretora que já exibiu um curta, “A Grande Viagem”, na 35ª edição da Mostra de SP. O filme acompanha 24 horas na vida de personagens confinados em um condomínio. Tudo começa em uma grande festa na cobertura para comemorar os 17 anos de Virgínia, mas conforme as relações vão se desenrolando, o perigo de uma tragédia se torna iminente. Mãe, pai, amigos, namorados, todos são implicados nessa trama. O filme é um thriller social que traz no elenco Maria Luísa Mendonça, Bella Piero, Michel Joelsas, Mari Oliveira, Daniel Botelho e Caco Ciocler numa participação especial. A diretora, que também assina o roteiro, investiga nessa obra o fenômeno de condominização das cidades e como isso tem alterado as dinâmicas afetivas. “eu tento refletir sobre o conceito de proteção, sobre os muros reais e simbólicos. Será que estamos protegidos ou criando prisões? Estamos o tempo todo vigiando e sendo vigiados. Criando mundos aparentemente perfeitos, instagramáveis, mesmo que com filtros de felicidade e palmeiras plantadas no concreto. Minha ideia aqui é falar sobre o adoecimento contemporâneo”, disse em entrevista. Ela explica que a intenção com o longa não é uma simples crítica, mas sim um caminho para a compreensão: “Eu me incluo nessa discussão, pois a vida em condomínio faz parte da realidade que eu vivencio em São Paulo. Faz parte do cenário de desigualdade urbana das grandes cidades brasileiras. MEU CASULO DE DRYWALL é um grito silencioso, principalmente da juventude, que quer romper as paredes do próprio casulo e ganhar asas para voar além dos muros”, explica. Fioratti trabalhou no filme por 10 anos, desde a primeira versão até a estreia no SXSW. O primeiro argumento nasceu de sua vontade de discutir dores da sua própria adolescência, porém, como as gerações mudam muito rapidamente, a cineasta sempre se manteve atenta às transformações para que o filme continuasse atual. Sua experiência em fazer obras para o público jovem a ajudaram nesse processo. “Apesar de cada pessoa ter seu caminho individual de metamorfose, a dor pode ser compartilhada, e o processo de escuta, empatia e consciência é uma forma de fortalecimento. Realizar um filme, contar uma história, unir pessoas em torno de um projeto, é o meu jeito de ressignificar certas dores individuais e coletivas. Eu me fortaleço realizando esse filme para quem sabe outros também possam se fortalecer ao assistirem”, conclui. MEU CASULO DE DRYWALL será lançado no Brasil pela distribuidora Gullane. |
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