Artigo: Aristóteles e sua escola para as virtudes e sua representação nas histórias em quadrinhos dos X-men
No início da década de 1960 a Marvel Comics já
havia revolucionado o modo de apresentar o gênero de superaventura nos
quadrinhos; super-heróis como Homem-Aranha e Hulk, estavam entre as HQs mais
vendidas no mercado. A dupla famosa, conhecida por criar diversos personagens
de superaventura, Stan Lee e Jack Kirby, transformou o universo Comics em 1963,
criando super-heróis que já nasciam com superpoderes, devido a mutações
genéticas. X-men é o melhor exemplo desse tipo de super-heróis.
A tese central que sustenta
esses super-heróis é a de que a “mutação é a chave da nossa evolução. Ela nos
permitiu evoluir a partir de um organismo celular até a espécie dominante do
planeta, num processo lento que costuma levar milhares e milhares de anos. Mas
a cada poucas centenas de milênios, a evolução dá um salto”.
A história da trama dos X-men
é a seguinte: existem humanos em várias partes do mundo que nasceram com
modificações genéticas. Humanos que, como resultado de um súbito salto
evolucionário, nasceram com habilidades super-humanas latentes. Há seres que podem manipular o clima, o fogo,
e outros o gelo; há também os que podem atravessar paredes ou voar; e existem
também uns que podem manipular as mentes de outros seres humanos. Existem
muitos com aparências atípicas, alguns similares a animais e outros a anjos com
asas e, em contradição com os últimos, há também seres com aparência demoníaca.
Tais mutações resultam da evolução provocada pelo “fator X” que está no código
genético destes seres humanos modificados. Em linguagem científica esse seria o
novo degrau da evolução humana, a evolução de homo sapiens a homo superior
(REBLIN, 2008, p. 83). Logo, por se tratar de seres diferentes a qualquer
cidadão comum, muitos os consideram uma ameaça à própria sociedade humana.
Devido às capacidades incomuns, tais mutantes causam medo e insegurança nos
seres humanos não evoluídos.
Seres
humanos diferentes foram obrigados a aprender a conviver (ou não), o que conduz
à questão da alteridade.(...) A reflexão acerca do outro, sempre ocorre no
encontro com o outro diferente e, nesse encontro, a alteridade sempre oscilava
entre uma visão depreciativa e uma visão ingênua acerca do outro diferente.
(...) Mas ambas as visões desconsideravam o outro como ser humano (REBLIN,
2008, p. 83-84).
2. Tolerância, a chave para a
convivência pacífica
Os X-Men foram fundados por
Charles Francis Xavier, o Professor X, um homem milionário e que é,
secretamente, um dos maiores telepatas da Terra. Para defender seu sonho de
‘convivência pacífica entre humanos e mutantes’, uma harmonia inter-racial,
Charles Xavier funda uma escola, o Instituto Xavier para Jovens Superdotados,
para acolher e treinar estes mutantes a usar seus dons especiais, a serviço do
bem maior da humanidade. Desse modo o Professor X pretendia convencer as duas
comunidades, a dos humanos e a dos mutantes, a conviverem em harmonia (IRWIN,
2005, p. 84). Seus primeiros alunos foram Jean Grey também conhecida como
Garota Marvel, telepata; Henry 'Hank' McCoy o Fera, com cérebro e músculos
superiores; Robert 'Bobby' Drake, que transforma a umidade ambiente em gelo,
por isso o chamam de Homem de Gelo;
Scott Summers, o Ciclope, que
lança raios laser de seus olhos e Warren Worthington III, o conhecido Anjo, por
ser alado e poder voar (KNOWLES, 2008, p. 195).
Mais tarde entraram para o time, a partir da década de 1970, Piotr
Nikolaievitch Rasputin, um jovem agricultor da antiga União Soviética, codinome
Colossus; Kurt Wagner que escondia sua mutação como artista de circo na
Alemanha, conhecido como Noturno, mutante que poderia se teleportar; Shiro
Yashida, um arrogante japonês, conhecido como Solaris que tem o poder de
ionizar a matéria gerando calor de até um milhão de graus Fahrenheit; Sean
Cassidy, um irlandês ex-agente da Interpol, codinome Banshee; Ororo Monroe, uma
mutante do Quênia venerada como deusa, dominava o clima, por isso a chamam de
Tempestade; e, o herói que já havia aparecido nas histórias do Hulk, Logan /
James Howlett, do Canadá, que se tornaria o personagem mutante mais famoso de
todos os tempos, o conhecido Wolverine, que tem como poder além do fator de
cura, sentidos superaguçados e possui garras retráteis que saem de suas mãos. E
assim, se deu o início do sonho do Professor X.
Há outros mutantes que não
acreditam na aspiração de Charles Xavier. Ao contrário, consideram que o
convívio pacífico entre os diferentes é impossível. O personagem vilão Magneto,
admite que “a humanidade sempre temeu o que ela não compreende” (SINGER, 2000)
e cansados de sofrerem discriminação, eles, seres superiores, também passariam
a discriminar os ‘humanos’. Magneto e seus seguidores julgam os seres humanos
como uma raça do passado, e que o futuro pertence à raça mutante, que deve
subjugar a inferior raça humana, a raça que não conseguiu evoluir. O
evolucionista Charles Darwin, em seu livro intitulado A Origem das Espécies
(1859), apresenta que os indivíduos em todos os lugares estão envolvidos em uma
guerra pela sobrevivência, esta guerra não estará determinada por algo divino,
mas sim, pela própria natureza. Para
Darwin, na natureza vigora a lei do mais apto. Aqueles que possuem
características que propiciam sua sobrevivência e novas gerações da espécie tem
uma vantagem adaptativa, estes, segundo ele, são aptos a sobreviver diante de
seus concorrentes no jogo da vida (IRWIN, 2009, p. 127). Bom, segundo Darwin, a
luta de Magneto e seus seguidores, contra a raça humana ‘normal’, é uma guerra
natural, e ainda, os mutantes devem subjugar os humanos, pois estes não
evoluíram, não se adaptaram, segundo as leis evolucionistas. Darwin concorda
com a afirmação de Magneto, ao dizer que os mutantes “são deuses entre insetos”
(SINGER, 2003).
Se na perspectiva de Darwin a
ação do vilão Magneto, de subjugar a raça humana, seria justificável, por que
Xavier e seus pupilos, os X-men, mutantes igualmente a Magneto, raça superior,
dominantes da natureza perante ao evolucionismo, assumem a tarefa de viver em
constante batalha para defender o mundo dos humanos que os teme e odeia?
Segundo
Aristóteles, em sua obra intitulada A Política, tenta compreender a essência de
agrupamentos de pessoas, questionando o que é uma cidade. Para ele, a cidade
seria uma parceria entre seus cidadãos, para viver bem (ARISTÓTELES, 2009,
passim), ou seja, pessoas se associam e trabalham juntas para viver em harmonia
e assim, buscar o bem. O sonho de Charles Xavier, é ver seres mutantes e
humanos, convivendo pacificamente, assim como Aristóteles citou na obra acima,
unindo-se para um convívio em concórdia. Para os X-men, o segredo para a
convivência pacífica entre os mutantes e os seres humanos, é o exercício da
tolerância, ideia pela qual os X-men lutam e defendem. E é a partir da
educação, segundo Reblin (2008), um dos caminhos para este exercício, um
constante aprender a viver (ibid., p.88), por isso Charles Xavier, cria o
Instituto Xavier para jovens superdotados.
Os X-men são preparados para
entender e controlar seus poderes, defender a humanidade dos ataques de outros
mutantes; são preparados para defender aqueles que tanto os temem e os odeiam.
A escola de Charles Xavier segue os padrões de educação de Aristóteles, onde,
para
que alguém possa se tornar um indivíduo bom que haja educação e treinamento
apropriados, e que se passe em seguida a viver segundo hábitos virtuosos e nada
fazer de vil seja voluntária ou involuntariamente, então isso será assegurado
se as vidas humanas forem reguladas por uma certa inteligência e um sistema
correto investido do poder de aplicar sanções adequadas (ARISTÓTELES, 2007, X,
1180 a, 14-18).
3. A necessidade de um exemplo virtuoso
Aprende-se seguindo bons
exemplos, isto é, também fazendo aquilo que pessoas que admiramos, devido às
ações virtuosas, fazem. E então Charles Xavier é um ótimo professor porque
serve de bom exemplo a seus pupilos, como uma realização daquilo que
Aristóteles falou com relação aos exemplos de caráter e virtude ou aos modelos
a serem seguidos. (ibid., VI, 1140 a, 25-28). O Professor X aspira o ‘bem’ e
sabe que com seu poder de mutante poderia facilmente fazer valer sua própria
vontade, reprimindo os humanos (WESCHENFELDER, 2011). Mas no uso de sua
capacidade de refletir ele entende que isso é eticamente incorreto, e aconselha
seus alunos, a segui-lo. Xavier poderia tranquilamente fazer as pessoas mudarem
de ideia de conviver em harmonia com os mutantes, já que é o maior telepata da
Terra. Mas tal atitude, seria uma má-fé, ou “uma mentira contada a si mesmo em
uma unidade de uma única consciência” (SARTRE, 2005, p. 547). No terceiro filme
da franquia, X-men: O confronto final, Charles Xavier fala a seus alunos sobre
o uso do poder.
Quando
um indivíduo consegue muito poder, o bem ou o mau uso desse poder é tudo. Será
para o bem geral? Ou será usado para fins pessoais ou de destruição? Essa é uma
ótima pergunta que devemos nos fazer. Por quê? Porque somos mutantes. Para os
mutantes isso é um problema em especial. Quando é aceitável usar nosso poder e
quando cruzarmos a linha que nos faz tiranos dos outros homens? (RATNER, 2006).
Talvez com o significativo
reparo de que a universalidade da ética agora se aplique a todos os seres,
humanos ou mutantes, não somente aos cidadãos da Polis, pode-se continuar com a
referência a Aristóteles e interpretar a resposta do Professor X, a esperta
Kitty Pride, a super-heroína Lince Negra, quando argumenta que Einstein afirmou
que a ética é uma questão humana e que, portanto, não tem nada de sobre-humano
por trás. Discordando de Albert Einstein (1879-1955), Xavier responde
sarcasticamente “Einstein, não era um mutante... pelo que sabemos” (RATNER,
2006). Mesmo que, com base na Teoria de Darwin, se possa afirmar a
superioridade dos mutantes por questões evolutivas ou por questões morais,
Charles Xavier pretende mostrar que há uma igualdade entre humanos e mutantes e
que a única diferença é um gene diferente, em seu código genético. Ambos são
humanos. O sonho de Xavier está expresso também na Declaração Universal dos
Direitos Humanos:
Artigo
I - Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São
dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com
espírito de fraternidade.
Artigo
II - Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades
estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de
raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza,
origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
O sonho de Charles Xavier é
viver em um mundo sem discriminação, onde mutantes e humanos vivam bem, em uma
sociedade que enfatize relacionamentos saudáveis e respeito às diferenças em
todos os âmbitos da vida (WESCHENFELDER, 2014). Mas nem todos os mutantes
entendem isso, conforme se constata nas HQs dos X-men e também no primeiro
filme da franquia, X-men: O filme, quando a mutante Tempestade, discípula e
aluna de Xavier, tenta convencer Wolverine a ficar e lutar ao lado deles.
“Lutar com vocês? Entrar para o time? Ser um X-men?” reage Logan, “que diabos
pensa que é? Você é um mutante. O mundo está cheio de gente que te odeia e tem
medo de você. E estão perdendo tempo tentando protegê-las. Tenho coisa melhor
para fazer” (SINGER, 2000).
Wolverine está apegado a sua máxima ‘sou o
melhor naquilo que faço, mas o que faço melhor nem sempre é muito legal’, e
acredita que não é um humano, mas um animal. Verdadeiramente muitos usaram esta
animalidade do mutante Logan para benefícios próprios. Ele já foi usado em
experiências com mutantes chamadas de “arma X’, revestindo seu esqueleto com
adamantium, um metal indestrutível. Trabalhou para o governo canadense, como
agente secreto, e também como espião em outras organizações. Mas o que todos
queriam era ver a animalidade de Wolverine em ação. Após muitos anos, Logan
procura a paz interior e se vê diante de um mosteiro no Japão, onde um monge o
aconselha dizendo que a paz vem com um propósito, e seu propósito não é ferir
pessoas, mas salvá-las e protegê-las. “Como muitos, talvez você se veja pior do
que os outros o vêem. Tente se olhar com outros olhos” (MARVEL, 2003).
Confiando nos ensinamentos do monge, Logan retorna aos X-men.
4. Educando para o bem
Os X-men, orientados por
Charles Xavier, procuram trabalhar com a humanidade para juntos descobrir meios
pacíficos de coexistência (IRWIN, 2009, p. 141), e fazem dessa busca o seu
dever moral: a busca do bem da sociedade, o bem de todos, com a convivência
harmoniosa entre os seres com poderes extraordinários e os seres normais.
O
bem humano tem que ser a finalidade da ciência política, pois ainda que seja o
caso de o bem ser idêntico para o indivíduo e para o Estado, o bem do estado é
visivelmente um bem maior e mais perfeito, tanto para ser alcançado como para
ser preservado. (...) Assegurar o bem de uma nação ou de um Estado é uma
realização mais nobre e mais divina (Aristóteles, 2007, 1094 b, 7-10).
A questão que fica é por que
os X-men devem se importar com os humanos, se estes os rejeitam e os
discriminam? Aristotelicamente se responderia: por que é certo. A opção dos
X-men em seguir o que é certo baseia-se na sua convicção de que essa forma de
conduta é melhor para garantir a tolerância e a aceitação dos outros, seu
compromisso com o bem resultaria de um cálculo estratégico quanto à política mais
útil para garantir o fim desejado (IRWIN, 2005, p. 164-165). Mas os seres
humanos não reagem bem aos atos dos super-heróis X-men, seus atos tornam-se
infrutíferos. Mas mesmo que os X-men desejem e esperem ser aceitos na
sociedade, o seu compromisso com o ‘bem’ não parece se basear na expectativa de
que isso ocorra. A motivação ética nas atitudes heróicas dos X-men, poderia
estar em sua mutação genética, além de adquirir poderes, poderiam ter adquirido
uma moralidade grandiosa e uma aspiração para fazer o bem. Segundo Irwin
(2005), esta sugestão não é válida, pois assim não teríamos no enredo das
histórias dos X-men, vilões mutantes, pois estes também, em conjunto com suas
modificações genéticas teriam adquirido tal aspiração e precisariam da
intervenção do Professor X (ibid., p. 165). Mas voltando a Aristóteles, pode-se
afirmar mais uma vez que só conseguimos tais virtudes, quando buscamos o ‘bem’,
através de um caráter, que, por sua vez, só se adquire através de uma educação
correta.
Temos,
portanto, assegurar que o caráter tenha, desde o início, uma finalidade natural
com a virtude, amando o que é nobre e abominando o que é vil. E é difícil obter
uma educação correta na virtude a partir da juventude sem ser educado segundo
leis corretas, pois viver de maneira moderada e árdua não é agradável à maioria
dos homens, particularmente quando são jovens. (...) Mas não há dúvida de que
não basta que as pessoas tenham a correta nutrição e a correta disciplina na
juventude; é necessário, também, que pratiquem as lições aprendidas e as
ratifiquem através do hábito quando crescerem (ARISTÓTELES, 2007, X, 1179 b1,
30-35; 1180 a1, 1-5).
Amar o bem é uma escolha
virtuosa de alguém com caráter, segundo Aristóteles. E o professor Xavier
reflete isso em sua forma de educar. Em sua escola, os seres rejeitados e
mal-compreendidos na sociedade, os mutantes, tem um local onde são aceitos e
amados e ambos querem se tornar igualmente àquele que lhes dedicou ajuda
(IRWIN, op. cit., p. 167). Isso é muito bem retratado no primeiro filme da
franquia, onde Charles Xavier apresenta a escola a Wolverine; “eu os prometi,
os ensinei a controlarem seus poderes, e com o tempo, a ensinar outros também”
(SINGER, 2000).
5.
Considerações finais
A pergunta acerca da bondade dos X-men, numa
perspectiva aristotélica, está na questão do exemplo. O professor Charles
Xavier dá um bom exemplo de amor ao bem para seus pupilos. E segundo
Aristóteles, ‘bom’ é aquele que ouve os sábios (ARISTÓTELES, 2007, I, 1095 b,
10). A educação praticada na escola Xavier visa formar pessoas que experimentam
prazer em atividades e atitudes corretas, contribuindo tanto para vida privada,
quanto à pública, mais pacífica (CRISP, 2009, p. 151). Xavier acolhe seus
pupilos, os X-men, para educá-los para a paz. Segundo ele, os mutantes devem
suspender seus poderes, para o bem dos outros, buscar e acreditar na bondade
dos outros. Charles Xavier, busca até mesmo no vilão Magneto, seu velho amigo,
esperança (SINGER, 2000); poderia usar sua telepatia e entrar na mente destes
outros, para fazer valer sua vontade, seu desejo, mas isso não é ético, seria
uma falsa verdade. Ele procura através do diálogo e atitudes conquistar a
confiança dos seres humanos. Usa seu poder para proteger os mutantes, e
ensina-os a compreender e controlar seus poderes com responsabilidade (IRWIN,
2009, p. 209).
Xavier ensina os X-men a lutar pelo ‘bem’ e para a
paz, bem ao gosto de Aristóteles, quando afirmou que devemos educar as pessoas
para paz e não para guerra. (ARISTÓTELES, 2009, VII, 1334 a, 14-15). Do mesmo
modo que a Escola para superdotados de Xavier, educar para a tolerância como
forma de garantir a convivência harmoniosa entre os diferentes.
Pelos ensinamentos do Professor X os Mutantes
tomam consciência de que não podem desistir, pois o futuro dos mutantes depende
somente do resultado da luta deles, vencer o egoísmo individual e lutar por uma
sociedade tolerante. E eles precisam colocar em prática o que aprenderam no
Instituto Xavier, um caminho para o ‘bem’ e a paz. Assim, por meio da educação,
estes super-heróis mutantes apostam nos valores que o mestre lhes propôs, e têm
uma motivação interior para fazer o que é correto e bom, um impulso interno,
emocional ou psicológico, que pode proporcionar um motivo para resistir à
tentação de se voltar para os próprios interesses. Buscar um modelo de caráter,
ouvir e seguir os seus passos, treinar seus dons e usá-los em prol dos outros
na construção da tolerância entre duas raças (mutante e humana), é o caminho
aristotélico para o bem supremo, finalidade do homem, humano ou mutante.
REFERÊNCIAS
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Nestor Silveira Chaves. Bauru, SP: Edipro, 2009.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. 2ª edição.
Tradução Edson Bini. Bauru, SP: Edipro, 2007.
CRISP, R. A grandeza de alma segundo
Aristóteles. In: KRAUT,
Richard. Aristóteles: A Ética a Nicômaco. Porto
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DARWIN, Charles, A origem das espécies. São
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Visão surpreendentes e argumento fabuloso no X-universo mutante.. Tradução:
Marcos Malvezzi. São Paulo: Ed. Madras, 2009.
KNOWLES, Christopher. Nossos deuses são
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RATNER, Brett. X-men: O confronto final
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REBLIN, Iuri A. Para o alto e avante: Uma
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SATRE, Jean Paul. O ser e o nada.
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SINGER, Bryan. X – Men: O Filme. Direção:
Bryan Singer. 20th Century
Fox Film Corporation, 2000. 1 DVD (104 min.), color.
SINGER, Bryan. X – Men 2. Direção: Bryan
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2003. 1 DVD (133 min.), color.
WESCHENFELDER, Gelson. Aspectos educativos das histórias em
quadrinhos de super-heróis e sua importância na formação moral, na perspectiva
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WESCHENFELDER, Gelson. Aristóteles e os super-heróis: Aética
inserida nas histórias em quadrinhos. São Bernado dos Campos, SP: Garcia
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PUBLICADO EM: Revista Instituto Parajás http://revista.institutoparajas.org/index.php/parajas/article/view/22
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