O quê? Você ainda diz que não tem nada a ver?
Pois bem, hoje no Dia da Ética vamos a um exemplo: todos já ouviram falar no super-herói o Homem-Aranha, certo?Logo após ser picado por uma aranha radioativa, dando a Peter Parker o poder no qual ele poderá se transformar em O Homem–Aranha; seu tio Ben, sentindo que há algo de diferente no sobrinho lhe dá o seguinte conselho: “com grande poder, vem grandes responsabilidades”.
Após a morte de seu tio Ben, esta frase, Peter Parker levará para o resto de sua vida como O Homem-Aranha. Isso filosoficamente, é o que os filósofos Benthan (1748-1832) e Stuart Mill (1806-1873), chamam de utilitarismo, onde somos obrigados a executar a ação que produz maior bem geral. Isso faz O Homem–Aranha se tornar um herói, salvando vidas, e não usando seus poderes para benefícios próprios.
Isso nos mostra que, Peter Parker deverá estar preparado para fazer sacrifícios pessoais para cumprir seus deveres morais. Os utilitaristas não dizem que nós temos o dever de fazer coisas que não podemos, mas sim que, qualquer um que tenha habilidades especiais, deva usá-los para o bem maior.
Mas por que salvar pessoas? Por que correr risco de vida lutando contra vilões em nome de um bem maior? O grande filósofo alemão Kant (1724-1804), nos diz que, nosso dever fundamental é agir de uma maneira que satisfaça o que ele chamava de o Imperativo Categórico, uma formulação que dita que nós sempre devemos tratar as pessoas como fins em si e não como meros meios.
Mas Kant, também enfatiza que realizar uma ação de acordo com o imperativo categórico não basta para ela ser boa. Em essência, a ação deve ser feita também pelos motivos certos; ou seja, O Homem–Aranha deve fazê-la justamente por que é o seu dever. Segundo esta interpretação, portanto, as intenções do nosso herói aracnídeo são relevantes ao valor moral do que faz.
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