Em um feito histórico na exploração lunar, a Índia alcançou um marco ao pousar com sucesso no "lado oculto" da Lua, exatamente no polo sul do satélite natural. A missão Chandrayaan-3, uma jornada não tripulada, aterrissou às 9h33 desta manhã com o módulo de pouso Vikram e o rover Pragyan a bordo. Pode parecer um pequeno passo, mas inaugura uma nova era do país, que rapidamente está se estabelecendo como uma força importante na exploração espacial global. Nos próximos anos, a Índia se unirá ao Japão na missão robótica LUPEX, agendada para 2025, com o objetivo de explorar o polo sul lunar e, assim, abrir novos horizontes de conhecimento. Também estão no radar alguns projetos para foguetes tripulados, a missão solar Aditya L-1 e a colaboração com a NASA no Radar de Abertura Sintética (NISAR).
E não é só a Índia que está de olho no nosso satélite: depois de mais de 50 anos desde a última visita humana à Lua, uma série de missões de empresas privadas e agências espaciais retomam a exploração lunar. Isso inclui desde sondas robóticas até missões tripuladas com o objetivo de ter uma nova base para futuras expedições espaciais. E não para por aí: a NASA já anunciou que planeja um teste de mineração na Lua na próxima década, o que aumenta ainda mais a necessidade de regulamentação sobre esse tipo de exploração. Chris Johnson, consultor de direito espacial da Secure World Foundation nos Estados Unidos, espera ver discussões nas Nações Unidas nos próximos cinco anos para resolver algumas questões: "Vamos precisar de normas para zonas de silêncio de rádio, vias lunares entre vales e crateras, e plataformas de pouso na lua". O que será que vem por aí?
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