Pular para o conteúdo principal

O CLUBE DAS MULHERES DE NEGÓCIOS É O NOVO FILME DE ANNA MUYLAERT QUE TERÁ SUA ESTREIA NO FESTIVAL DE GRAMADO

 


Obra tem grandes nomes como Irene Ravache, Katiuscia Canoro, Cristina Pereira, Grace Gianoukas, Louise Cardoso, Rafa Vitti e Luis Miranda


A aclamada diretora Anna Muylaert está de volta com seu sétimo longa-metragem, O CLUBE DAS MULHERES DE NEGÓCIOS, que vai estrear na competição oficial do prestigiado Festival de Gramado, de 9 a 17 de agosto na Serra Gaúcha. O filme é uma produção da Glaz e África Filmes, com coprodução da Globo Filmes. A estreia em salas de cinema está prevista para novembro de 2024, com distribuição da Vitrine Filmes.

Conhecida por seu olhar afiado e sua habilidade em trazer temas centrais da sociedade brasileira para a tela de maneira engenhosa, como em sua obra-prima “Que Horas ela Volta?”, Anna Muylaert promete mais uma vez uma crítica social nada óbvia. 

Depois de ter sido consagrada no Festival de Gramado com seu longa de estreia “Durval Discos” – que recebeu 7 Kikitos 22 anos atrás - Muylaert volta à competição para apresentar uma comédia dramática, ácida e  surpreendente, que parte de uma distopia onde os estereótipos de gênero estão invertidos: as mulheres ocupam as posições de poder enquanto os homens são criados para serem socialmente submissos. Mas essa inversão de papeis de gênero é apenas o começo da trama: O CLUBE DAS MULHERES DE NEGÓCIOS é um filme sobre a estrutura de poder patriarcal, mas não somente: a trama navega por situações inusitadas, questionando o espectador sobre os absurdos que sempre vêm atrelados a qualquer tipo de estrutura de poder, seja de gênero, classe ou do domínio do homem sobre a natureza. 

“O Clube das Mulheres de Negócios nasceu em 2015 - o ano do histórico #Metoo, foi filmado durante o governo Bolsonaro e será lançado com Lula eleito presidente pela terceira vez. Todos esses movimentos, golpes, choques, transformações e contra transformações da última década foram a inspiração para o tecido delirante desse filme que eu defino como uma chanchada macabra”, diz a diretora sobre o processo de realização do filme.

Com um senso de humor provocativo, a ação do filme se passa em um dia. Jongo (Luís Miranda), um fotógrafo renomado, chega de manhã ao lado do jovem e inexperiente jornalista, Candinho (Rafa Vitti) em um clube de campo decadente da alta sociedade de São Paulo, comandado por Cesárea (Cristina Pereira) e sua fiel escudeira, Brasília (Louise Cardoso). Jongo já sabe o que esperar daquele ambiente onde metade das mulheres estão envolvidas com a Justiça, enquanto Candinho viverá um dia de revelações escandalosas que o farão repensar sua identidade e estreitar seus laços de amizade com o colega mais experiente.

O longa traz em seu elenco diversos comediantes como Cristina Pereira e Louise Cardoso - ambas do TV Pirata, Grace Gianoukas e Luis Miranda, fundadores do Terça Insana, e Katiuscia Canoro, a famosa Lady Kate da Escolinha do Professor Raimundo. Porém, neste filme, todos estes comediantes interpretam papéis que parecem sérios, mas beiram ao absurdo, revelando distintos estereótipos da masculinidade tóxica.

O elenco também conta com Irene Ravache como Norma, fazendo par com André Abujamra, um marido triste e submisso, 20 anos mais novo. Ítala Nandi, aos 80 anos de idade, faz par com o jovem modelo italiano Fernando Bili e ainda tem tempo de dar uma escapada e participar de uma suruba secreta. Shirley Cruz interpreta a Bispa Patrícia, uma líder evangélica milionária que quer comprar o Clube para atividades religiosas com seus fiéis. Polly Marinho dá vida à Kika, uma cantora de funk hypada, que não joga exatamente o jogo das outras sócias. Helena Albergaria é Fay Smith, uma advogada cujos interesses escusos são difíceis de decifrar. Maria Bopp e Verônica Debom interpretam as sobrinhas obedientes de Zarife, uma mulher destemperada que quer ser presidente do Brasil, vivida por Katiuscia Canoro.

Com este novo trabalho, Anna Muylaert reafirma sua vocação em utilizar o cinema como ferramenta para discutir sobre as complexidades e contradições da sociedade brasileira enquanto diverte o espectador.

A distribuição de O CLUBE DAS MULHERES DE NEGÓCIOS tem o apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro através da Lei Paulo Gustavo.

Ficha Técnica

Direção: Anna Muylaert

Roteiro: Anna Muylaert

Elenco: Rafael Vitti, Luis Miranda, Cristina Pereira, Irene Ravache, Louise Cardoso, Katiuscia Canoro,  Grace Gianoukas, Polly Marinho, Helena Albergaria, Shirley Cruz, Ítala Nandi, Maria Bopp, Verônica Debom, André Abujamra, Fernando Billi, Tales Ordakji, Nani de Oliveira Clodd Dias.

Produzido por: Mayra Lucas e Anna Muylaert

Direção de Fotografia: Bárbara Alvarez

Montagem: Karen Harley e Marina Kosa

Música Original: André Abujamra e Mateus Alves

Direção de Arte: Juliana Ribeiro

Figurino: Diogo Costa

Caracterização: Westerley Dornellas

Colaboração no Roteiro: Gabriel Domingues e Suzana Pires

Elenco: Alê Tosi

Som Direto: Ruben Valdez

Supervisão de Edição de Som: Miriam Biderman e Ricardo Reis

Mixagem: Ricardo Reis

VFX Onça: Vetor Zero     

Supervisão de Pós-produção: Aza Pinho e Alexandre Marinho

Produção Executiva: Dora Amorim, Lara Lima e Paulo Serpa.

Supervisão de Produção Executiva Luiza Favale e Priscila Montoto

Produtor Associado: Rosane Svartman.

Produção: Glaz

Coprodução: África Filmes, Globo Filmes e Riofilme

Distribuição: Vitrine Filmes 

Apoio à Distribuição: Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro para

os Editais da Lei Paulo Gustavo.

Venda Internacional: Loco Films

Apoio: Vetor Zero, Cinefilme & TV Group

Sobre a diretora - Anna Muylaert

Anna Muylaert nasceu em São Paulo  em 1964 e estudou Cinema na ECA/ USP. Nas últimas décadas escreveu roteiros para programas de TV (MUNDO DA LUA, CASTELO RÁ-TIM-BUM, UM MENINO MUITO MALUQUINHO, FILHOS DO CARNAVAL, AS CANALHAS, entre outros) e cinema (O ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS, XINGU, PRAIA DO FUTURO e outros). Anna dirigiu DURVAL DISCOS, É PROIBIDO FUMAR e outros filmes, mas tornou-se internacionalmente conhecida com QUE HORAS ELA VOLTA? em 2015. O filme recebeu o Prêmio Especial do Júri no Festival de Cinema de Sundance, e de público no Panorama do Festival de Berlim em 2015 e foi lançado em salas em 30 países, o que levou Anna a ser convidada a fazer parte da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (Oscar).  Atualmente prepara-se para  o lançamento de O CLUBE DAS MULHERES DE NEGÓCIOS enquanto finaliza seu último longa metragem A MELHOR MÃE DO MUNDO e desenvolve novos projetos.  Ela é mãe de José e Joaquim.

Sobre a Glaz Entretenimento | Produtora

A Glaz é uma produtora dedicada à criação de séries, filmes e animações com alto nível de diversão e emoção. Seus filmes chegaram ao Top 10 de bilheteria nos cinemas brasileiros e estiveram no Top 10 de streaming em várias plataformas. Suas séries e filmes são destaques de crítica e audiência, tanto de ficção, quanto de animação e documentário. Dentre suas mais de 40 produções, destacam-se: o filme Bróder, 2010, exibido na sessão Panorama do Festival de Berlim e ganhador de três Kikitos no Festival de Gramado; o longa “Loucas pra Casar” que somou mais de 3,8 milhões de ingressos vendidos em salas de cinema; a série documental “O Caso Evandro”, sucesso na Globo Play. 

Sobre a África Filmes

Fundada na década de 90, em São Paulo, pela cineasta Anna Muylaert, a África Filmes é um núcleo de criação e produção de conteúdo de qualidade para cinema e TV.  Já produziu curtas, clips, telefilmes e sete longas metragens: "DURVAL DISCOS”( 2002) , "É PROIBIDO FUMAR :( 2008) , “CHAMADA A COBRAR” ( 2013) e "QUE HORAS ELA VOLTA?”( 2015) , vencedor de prêmios nos festivais de Sundance e Berlinale.  Em 2016 lançou “MÃE SÓ HÁ UMA, e em 2021 lançou "ALVORADA”, documentário sobre o período de afastamento da presidente Dilma Rousseff durante seu processo de impeachment. 

Sobre a Globo Filmes

A Globo Filmes atua como produtora e coprodutora de filmes brasileiros com foco na qualidade artística e na diversidade de conteúdos que valorizam a nossa cultura, maximizando a audiência no cinema e demais janelas. Desde 1998, participou de mais de 400 filmes, levando ao público o que há de melhor do cinema brasileiro; comédias, romances, documentários, infantis, dramas e aventuras. Fazem parte de sua filmografia recordistas de bilheteria, como ‘Tropa de Elite 2’ e ‘Minha Mãe é uma Peça 3’ – ambos com mais de 11 milhões de espectadores –, sucessos de crítica e público como ‘2 Filhos de Francisco’, ‘Aquarius’, ‘Que Horas Ela Volta?’, ‘O Palhaço’ e ‘Carandiru’, e longas premiados no Brasil e no exterior, como ‘Cidade de Deus’ – com quatro indicações ao Oscar – e 'Bacurau', que recebeu o prêmio do Júri no Festival de Cannes. Mais recentemente, com o reaquecimento da indústria pós-pandemia, lançou títulos como ‘Marighella’, ‘Turma da Mônica: Lições’ e ‘Medida Provisória’. 

Sobre a Vitrine Filmes

Desde 2010, a Vitrine Filmes já distribuiu mais de 250 filmes e alcançou milhares de espectadores apenas nos cinemas do Brasil. Entre seus maiores sucessos estão Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2019; O Processo, de Maria Augusta Ramos, que entrou para a lista dos 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional; e Druk: Mais Uma Rodada, de Thomas Vinterberg, vencedor do Oscar® de Melhor Filme Estrangeiro em 2021.

Em 2020, a Vitrine Filmes iniciou um novo ciclo de expansão e renovação. Entre as iniciativas, está o lançamento da Vitrine España, que produz e distribui longas-metragens na Europa e o Vitrine Lab, curso online sobre distribuição cinematográfica, vencedor do prêmio de distribuição inovadora do Gotebörg Film Fund 2021. A criação, em 2022, do selo Manequim, focado na distribuição de filmes com apelo a um público mais amplo e, finalmente, a Vitrine Produções, braço estratégico para o desenvolvimento, produção e coprodução de títulos próprios. Neste sentido, o primeiro lançamento da casa foi o documentário Amigo Secreto (DocLisboa 2022), de Maria Augusta Ramos, e atualmente já conta com cinco projetos realizados e oito em desenvolvimento. 

 

A Vitrine Filmes fechou o ano de 2023 com ótimos indicadores de retomada, alcançando os melhores resultados desde a pandemia. Entre as estreias do ano, estão filmes como Nosso Sonho, de Eduardo Albergaria, lançado pelo selo Manequim Filmes e que obteve a maior bilheteria entre os filmes nacionais do ano, com mais de 515.000 espectadores. Também figuram no catálogo anual a animação Perlimps, de Alê Abreu, o vencedor do Festival de Gramado, Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho, e a indicação brasileira para o Oscar, Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho, que acumula mais de 80.000 espectadores em salas de cinema e é mais uma coprodução Vitrine Filmes. Mais de 20 filmes foram lançados pelo grupo no ano de 2023.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Esta tal de ética II

L endo um texto em uma coluna de um jornal local, me fez escrever este, pois se tratava sobre o tema da ética, tema este na qual pesquiso a muito tempo. Não estarei aqui desmerecendo o autor pelo contrário, parabenizo por colocar em pauta tema tão sério e complexo em nossa sociedade. Mas o que é esta tal de ética? Como o autor colocou em seu texto, ética é uma ciência que estuda comportamento humano na sociedade, ou seja, aquilo que pertence ao caráter. Diferencia-se da moral, pois enquanto esta se fundamenta na obediência a normas, tabus, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar o bom modo de viver pelo pensamento humano.A ética, segundo o filósofo Kant (1724-1804) deve ser UNISERVAL. Segundo este filósofo, a ética é um Dever. Bom, sendo a ética um ‘dever’, vamos a uma problemática real. Qual o dever de um vereador? Bom, iremos dizer legislar leis propostas pelo executivo, ser representante do povo. Falam

A defesa do ser hetero

Há um assunto pertinente que de um tempo para cá, todos estão comentando, na mídia, redes sociais... E desta vez todos tem um lado sobre este assunto, ou você é a favor ou contra. O homossexualismo nunca foi um debate tão fervoroso como na atualidade. Lógico que tal assunto já devia ser debatido há muito tempo atrás, mas como dizem alguns estudiosos, cada assunto tem sua época para ser dialeticamente resolvida. Na sociedade que vivemos a sexualidade é o único prazer que o ser humano possui por natureza (além do ato de se alimentar). Em uma sociedade que se titula livre de tabus sexuais, há inúmeras questões que ainda não foram resolvidas. A livre opção sexual é uma destas questões. Percebo que há aqueles que defendem o heteronismo, a família, as sagradas escrituras. Bom, primeiramente, vivemos em um estado laico (que é secular em oposição a eclesiástico), mesmo o Brasil sendo considerado um dos maiores países cristãos do mundo. Então a defesa dos escritos sa

As lições de He-Man e os Mestres do Universo

 Por  Gelson Weschenfelder Convido a todos a refletir sobre lições da animação He-man (a versão década de 1980).   Estreou a pouco continuação da versão clássica de He-man e os Mestres do Universo, chamada Mestres do Universo Salvando Eternia, na Netflix. Portanto, trago algumas reflexões. Um clássico das animações da década de 1980, He-man foi um dos ícones desse período. Acesse  AQUI  o maior portal de colecionismo do país. Com as lições de moral no final de cada episódio, a animação tinha todo um cuidado de propor temas virtuosos para as crianças espectadoras. Assim, de uma forma lúdica, He-man e os Mestres do Universo formaram moralmente muitas crianças, inclusive eu. Há muitos que comentaram que, a nova versão, da Netflix, possui ‘lacração’, e que a versão de suas infâncias, não discutia algumas questões. Mas, aqui faço algumas análises sobre esta animação, que também fez parte de minha infância. Como já comentado, na série, seus episódios sempre terminavam com alg